PF fez buscas contra Carlos em Angra; Bolsonaro e filhos deixam o local de barco

A polícia tem suspeitas que, durante o mandato do ex-presidente, a Abin tenha atuado como uma rede de coleta de informações ilegais, sem qualquer autorização judicial

29 jan 2024 - 11h26
(atualizado às 11h56)

A Polícia Federal (PF) realizou nesta segunda-feira (29) uma operação de busca e apreensão em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em casa onde Jair Bolsonaro realizou uma live nas redes sociais no domingo (28); veja o vídeo abaixo. O ex-presidente e os filhos estavam no local durante esta manhã, e deixaram a casa de barco.

Foto: Perfil Brasil

Também foram alvo da operação possíveis destinatários de informações coletadas ilegalmente pela Abin, entre eles o vereador Carlos Bolsonaro, o filho "02". A busca foi autorizada para sua residência na capital fluminense e em seu gabinete na Câmara Municipal.

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Um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi apreendido na operação, segundo informações da jornalista Daniela Lima, do portal g1. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, é quem assina a autorização para os mandados.

A PF tem suspeitas que, sob o mandato de Jair Bolsonaro, a Abin tenha atuado como uma rede de coleta de informações ilegais, sem qualquer autorização judicial, e também como fonte de informações falsas, depois disseminadas por perfis de extrema direita para difamar autoridades e instituições.

Em outra frente, a Abin também teria sido acionada para blindar filhos do ex-presidente Bolsonaro de investigações da própria Polícia Federal.

Carlos Bolsonaro ocupa uma cadeira de vereador desde 2001 e está em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio. Ele foi apontado pelo ex-braço-direito de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, como líder do chamado gabinete do ódio, estrutura paralela montada no Palácio do Planalto para atacar adversários e instituições, como o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas.

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