PF indicia 1ª dama de MG por esquema de lavagem de dinheiro

24 abr 2017 - 16h59
(atualizado às 17h03)
Carolina Pimentel, primeira-dama de MG, durante evento de programa do Governo Estadual
Carolina Pimentel, primeira-dama de MG, durante evento de programa do Governo Estadual
Foto: Marcelo Sant'anna/Imprensa MG / Divulgação

A esposa do governador de Minas Gerais, Carolina Pimentel, e mais cinco pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal na Operação Acrônimo. Segundo a investigação, todos integraram um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais. Entre os indiciados estão os secretários de Planejamento e Gestão de MG, Helvécio Magalhães, da Casa Civil e Relações Institucionais, Marco Antônio Rezende Teixeira, o ex-presidente do Grupo Caoa, Antônio Maciel, o presidente do Grupo Aliança, Elon Gomes e o publicitário Vitor Nicolato.

O indiciamento ocorre depois de a PF apurar o funcionamento de uma empresa de comunicação de Carolina Pimentel. Essa empresa teria sido usada pelo empresário Benedito de Oliveira para movimentar o dinheiro do esquema.

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O advogado da primeira-dama informou que irá se pronunciar apenas à Justiça. Em novembro de 2015 documentos que comprovariam a inocência da esposa de Fernando Pimentel foram entregues à Justiça. Sua defesa, à época, considerou as acusações contra Carolina Pimentel um equívoco.

A Operação Acrônimo investiga um esquema de lavagem de dinheiro e recebimento de vantagens indevidas por agentes públicos. O início das investigações policiais aconteceu em maio de 2015 depois de mais de R$ 110 mil serem encontrados sete meses antes dentro de um avião que levava Benedito de Oliveira em Brasília.  

Para a Polícia Federal, o governador mineiro teria cobrado vantagens de empresas durante o período em que ele comandou o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, entre 2011 e 2014. A obtenção de empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ou inclusão em políticas públicas do ministério.

A reportagem não conseguiu contato com Antônio Maciel e Vítor Nicolato. Já a assessoria de Marco Antônio Teixeira informou que ele se manifestará apenas nos autos. O Grupo Aliança não vai comentar o caso por não se considerar parte envolvida. A secretaria de Estado de Gestão e Planejamento informou que o secretário Helvécio Magalhães só soube de seu indiciamento por meio da imprensa e que só comentará o assunto após ter acesso aos autos. 

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Fonte: Especial para Terra
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