A Polícia Federal já cumpriu quatro dos cinco mandados de prisão preventiva expedidos no âmbito da Operação Turbulência, deflagrada na manhã desta terça-feira (21), que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro em Pernambuco e Goiás e que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.
Os empresários presos são Eduardo Freire Bezerra Leite, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Apolo Santana Vieira, Arthur Roberto Lapa Rosal. O quinto mandado de prisão preventiva foi expedido para Paulo César de Barros Morato, considerado foragido, pela PF.
A investigação começou a partir da análise de movimentações financeiras das contas de empresas envolvidas na aquisição da aeronave Cessna Citation PR-AFA, que transportava o então candidato Eduardo Campos durante a campanha eleitoral à Presidência da República, em 2014. No dia 13 de agosto daquele ano, o avião caiu em Santos, litoral paulista, matando sete pessoas, entre elas, o ex-governador de Pernambuco.
João Carlos Lyra e Eduardo Freire foram presos enquanto desembarcavam em São Paulo. Eles foram levados de volta a Pernambuco pela PF e chegaram na sede da corporação no Recife às 9h50, aproximadamente.
Os outros dois empresários foram presos em Pernambuco; Apolo Vieira estava em uma academia no bairro de Boa Viagem, no Recife, no momento da abordagem, e Arthur Rosal foi detido em casa, no município de Vitória de Santo Antão, em Mata Norte, no interior do Estado.
A Agência Brasil tenta contato com os advogados dos detidos na Operação Turbulência.
Busca e apreensão
Além dos mandados de prisão preventiva, foram cumpridos também 35 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de condução coercitiva.
Também foram recolhidas 3 aeronaves (2 helicópteros e um avião), avaliadas em R$ 9 milhões, e R$ 10 mil dólares em dinheiro também foram apreendidos.
Os mandados foram cumpridos no Recife, em Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Moreno, Vitória de Santo Antão e Lagoa de Itaenga.