PF se coloca à disposição do Rio para apurar morte de cinegrafista

10 fev 2014 - 23h53
(atualizado em 11/2/2014 às 07h26)

A Polícia Federal colocou toda a sua estrutura, no Rio de Janeiro, à disposição da Secretaria Estadual de Segurança para colaborar com a investigação da morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade. A informação é da assessoria de Comunicação Social da PF.

O apoio foi determinado pelo Ministério da Justiça, depois de a presidente Dilma Rousseff recomendar que a Polícia Federal deveria acompanhar as investigações para "aplicação da punição cabível" aos responsáveis pelo rojão que feriu o jornalista.

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Ainda segundo a assessoria da PF, até as 20h41, a Secretaria de Segurança do Rio não tinha feito qualquer pedido de ação conjunta para a investigação.

Atingido em protesto, cinegrafista tem morte cerebral

Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento do preço do ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação. 

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Jornalistas debatem o uso de colete à prova de bala no trabalho

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no início da tarde do dia 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital, onde ficou internado no Centro de Terapia Intensiva desde a noite do dia 6.

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Câmera flagra ação de suspeitos de jogar artefato que atingiu cinegrafista da Band

O tatuador Fábio Raposo confessou à polícia ter participado da explosão do rojão que atingiu Santiago. Ele foi preso na manhã de domingo em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) e responsável pelas investigações, disse que Fábio já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão e que a pena pode chegar a 35 anos de reclusão.

O tatuador ajudou a polícia a reconhecer um segundo responsável pelo disparo do artefato que causou a morte do cinegrafista. Raposo, preso no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, afirmou, de acordo com o relato do delegado, que “eles se encontravam em manifestações e que esse rapaz tem perfil violento.”

Agência Brasil
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