A Polícia Civil da cidade de Sumaré, no interior de São Paulo, investiga a participação de policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na tentativa de execução de um pintor Geovani da Silva Salustriano, de 22 anos. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, quatro PMs foram presos após o ataque, no feriado de 9 de julho.
Dois dos policiais detidos são da Rota, incluindo o sargento Israel Nantes Santos, 31 anos, que atuava como comandante da equipe. O pintor foi alvejado com seis tiros, mas resistiu aos ferimentos.
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De acordo com as investigações, os PMs usaram um Celta particular com placas adulteradas para praticar o crime. Os quatro policiais estavam sem fardas e portando fuzis, pistolas e escopetas quando armaram uma tocaia na frente da casa do pintor, em Sumaré. Quando chegava em casa, o homem foi atingido por tiros na cabeça, no ombro e nas costas.
Durante a ação, porém, o bando foi surpreendido por duas viaturas da PM local que faziam a patrulha no bairro. Ao receber ordem para largar as armas, os PMs à paisana reagiram e iniciaram uma troca de tiros, seguida de fuga em direção à Rodovia Anhanguera. O Celta, no entanto, foi cercado por outros policiais na cidade de Paulínia.
Ainda segundo o jornal, o sargento Nantes e o soldado Muller Pascoal de Olivieira, 26 anos, se apresentaram como policiais e disseram que tinham dois colegas baleados no carro: os cabos Joabe Rodrigues Saraiva, 34 anos, da Rota, e Fábio Daniel da Silva, 41, do Batalhão de Campinas. Sem saber explicar o motivo do tiroteio, o bando acabou recebendo voz de prisão.
Nantes e Muller foram levados para o presídio militar Romão Gomes, na capital. Saraiva e Silva passaram por cirurgia e ainda se recuperam dos ferimentos sob custódia.
De acordo com o delegado João Batista Soares, o pintor Geovani da Silva Salustriano tem passagem pela polícia por receptação. Ele continua internado e estaria sob vigilância.
