PMs envolvidos na morte de jovem são presos no Rio

15 jan 2015 - 16h53
(atualizado às 16h55)

Os policiais militares Delviro Anderson Moreira Ferreira e Marcio José Watterlor Alves, envolvidos na morte da jovem Haíssa Vargas Motta, de 22 anos, em agosto do ano passado, se apresentaram na manhã desta quinta-feira (15), no 41º Batalhão da Polícia Militar, em Irajá, zona norte do Rio. A decisão foi tomada após a justiça ter decretado a prisão preventiva dos policiais. De acordo com a Polícia Militar (PM), ambos serão submetidos a exames de corpo de delito e posteriormente encaminhados à unidade prisional.

Para a irmã de Haíssa, Andressa Vargas Motta, a prisão dos policiais é importante e representa mais um passo para a condenação deles. "A prisão dos envolvidos não vai trazer minha irmã de volta, mas agora a Justiça vai ser feita e eles vão responder pelo crime que eles cometeram. A prisão deles já é um alivio", desabafou.

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As circunstâncias da morte de Haíssa voltaram a ser investigadas após a publicação de um vídeo, no site da Revista Veja. Nas imagens, feitas a partir da câmera de monitoramento da viatura, os policiais mandam parar um carro ocupado por quatro jovens (um rapaz e três moças), em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Como os jovens não paravam, o policial Márcio José, efetuou vários disparos de arma de fogo em direção ao veículo e um dos tiros atingiu a jovem nas costas.

Na decisão da Justiça, o juiz Glauber Soares da Costa, da 1ª Vara Criminal do Município, disse que o afastamento temporário dos agentes de ações nas ruas para o serviço administrativo não era suficiente para garantir a lisura das investigações e a coleta de provas. O magistrado registrou ainda que a prisão cautelar tem o objetivo de afastar qualquer temor por parte das testemunhas.

Além da denúncia oferecida pelo Ministério Público, o policial Márcio José, que atirou em Haíssa, já tinha sido indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso - quando há intenção de matar. A PM também abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o ocorrido e as conclusões devem sair ainda esta semana.    

Agência Brasil
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