A Corregedoria da Polícia Militar afastou das atividades operacionais os 12 agentes envolvidos na abordagem com agressões contra uma mulher de 63 anos e seu filho em Barueri, na Grande São Paulo, na noite de quarta-feira, 4.
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Segundo nota da Secretaria de Segurança Pública enviada ao Terra, a decisão foi tomada após os policiais militares serem ouvidos. O comunicado também afirmou que a instituição “não compactua com desvios de conduta e assegura que todo excesso cometido por policiais será penalizado em conformidade com a lei”.
A vítima ficou com o rosto ensanguentado após a abordagem dos agentes em sua casa, no Jardim Regina Alice, enquanto seu filho foi imobilizado com um golpe de mata-leão. A ação foi registrada em vídeo por testemunhas.
A confusão teria começado quando o neto da idosa estava na frente de casa com uma moto. Durante a abordagem, os policiais constataram que o veículo estava com o licenciamento atrasado e informaram que seria apreendido. O filho dela, pai do jovem, teria pedido aos agentes para retirar os pertences da moto antes da apreensão, o que, segundo relatos de testemunhas à polícia, teria levado os militares a se exaltar. Já os PMs afirmam que foram xingados por eles.
Após os afastamentos, as investigações continuam por meio de inquérito policial militar (IPM) e pela Polícia Civil. Os órgãos analisam as imagens dos registros feitos por quem estava no local e das câmeras corporais dos soldados.
O caso marca mais um episódio de violência policial registrado nos últimos dias. Nesta manhã, um PM foi preso após ser filmado jogando um homem de uma ponte na Zona Sul de São Paulo.
Recentemente, um policial militar, fora de serviço, matou um jovem negro com tiros pelas costas em um mercado da capital paulista. No início do mês passado, uma criança de 4 anos foi morta atingida por uma bala perdida durante confronto entre PMs e suspeitos em Santos (SP).