Rafael Hermida, homem que foi filmado agredindo as cadelas de estimação da sua noiva, Ninna Mandin, deveria comparecer ao 16°DP da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, nesta terça-feira, para ser ouvido no inquérito que investiga o caso. De acordo com informações da Polícia Civil, no entanto, jornalistas e manifestantes passaram a manhã o aguardando em frente ao prédio, motivo pelo qual o depoimento deve ser reagendado para outra data.
"Ele deveria vir, mas não vai mais. Estamos em contato tentando mudar o dia. Já marcaram até protestos aqui na frente, ele está com medo. E não está errado", disse um porta-voz da polícia, que preferiu não se identificar, ao Terra.
O acusado foi flagrado por uma câmera escondida praticando maus-tratos às cadelas Gucci e Victoria no último dia 30 de janeiro. O vídeo com as imagens das agressões foi publicado por Ninna na internet neste fim de semana e rapidamente se espalhou nas redes sociais. Diante da grande repercussão, Rafael excluiu suas contas.
Ninna, por sua vez, tem compartilhado uma série de informações com seus seguidores. Após postar um vídeo em que mostrou que as cadelas já estavam recuperadas, agradeceu ao apoio que tem recebido e garantiu que não deixará mais nada acontecer com os animais.
"Todas as providências foram tomadas e agora estamos bem e salvas. Elas estão bem, se recuperando e muuuuuuuito longe do alcance dele ou de qualquer mal. Eu sou mãe delas e vou protegê-las até o fim. Muito obrigada mesmo a todos. Serei eternamente grata", escreveu no Facebook no sábado.
Sócios de Rafael se dizem "chocados"
Na segunda-feira, o Buddy's, bar do qual Rafael é sócio na região da Barra, divulgou um comunicado em que os donos e funcionários se dizem "tão chocados e revoltados como todos" em relação ao episódio. Eles afirmaram ainda que o acusado será afastado do estabelecimento.
"Gostaríamos de externar completo repúdio com o acontecido! Estamos amanhã mesmo retirando esse sócio do estabelecimento... O que nos preocupa muito é o fato de que, no calor das emoções, muita gente mistura o autor do crime com o estabelecimento! Estamos tão chocados e revoltados como todos! Gostaríamos de pedir que todos tivessem o bom senso de pensar que os demais sócios (tem mais dois) não podem ser punidos por nada! Afinal eles não cometeram crime algum! O bar é ganha pão deles. E mais: empregamos cerca de 15 pessoas entre garçons, barmans e cozinheiros, que são trabalhadores honestos e precisam daqui pra viver", escreveram junto à nota também no Facebook.
Em publicação seguinte, disseram ainda que os manifestantes que combinaram de realizar um ato em frente ao local na próxima sexta-feira serão recebidos "de braços abertos".
"Queremos agradecer aos comentários que apoiam e acreditam na nossa decisão! Aos que não acreditam gostaríamos imensamente, em nome de todos os funcionários e colaboradores, que nos dessem um voto de confiança. Pelo que vimos, foi marcada uma manifestação no bar na sexta feira. E gostaríamos de dizer que, caso seja uma manifestação pacífica, terá total apoio da direção e dos funcionários do estabelecimento! Serão recebidos de braços abertos. Queremos mostrar para vocês a alteração contratual que já está sendo providenciada com a retirada do sócio em questão. Isso é um compromisso que estamos assumindo aqui publicamente", afirmaram.
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