Polícia ainda ouvirá PMs e colegas de suspeito de chacina em São Paulo

22 ago 2013 - 14h29
(atualizado às 14h29)
<p>Médica que tratava doença de suspeito de chacina prestou depoimento nesta quinta-feira</p>
Médica que tratava doença de suspeito de chacina prestou depoimento nesta quinta-feira
Foto: Gabriela Biló / Futura Press

A Polícia Civil pretende ouvir nesta sexta-feira outros dois colegas de Marcelo Bovo Pesseghini, 13 anos, suspeito de matar os pais, a avó e a tia-avó no último dia 5 de agosto. Além disso, cinco policiais militares que teriam sido os primeiros a chegar à cena do crime também devem prestar depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na próxima semana. Com isso, as investigações chegam em sua reta final e, com os resultados dos laudos periciais na próxima semana, a polícia deve iniciar a conclusão do caso.

Os investigadores devem perguntar aos PMs como eles encontraram o local da chacina, em uma casa na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. Já os colegas de Marcelo serão ouvidos para que a polícia conclua como era o temperamento e o perfil do adolescente.

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Nesta quinta-feira, a pneumologista Neiva Damaceno, que tratava do estudante, prestou depoimento no DHPP e afirmou que os remédios que o adolescente tomava contra uma doença chamada fibrose cística não poderiam alterar o seu comportamento. Nenhuma outra testemunha deverá depor nesta quinta-feira. Até agora, mais de 30 pessoas foram ouvidas pela investigação - entre elas, vizinhos, colegas de escola e professores de Marcelo.

Segundo as investigações, a maioria desses depoimentos contribuiu para fortalecer a hipótese principal da polícia, a de que o adolescente matou os quatro familiares e depois cometeu suicídio. Porém, os laudos periciais do IML e do Instituto de Criminalística, que devem ficar prontos na próxima semana, serão os principais elementos para analisar o caso.

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Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio.

A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

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Fonte: Terra
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