A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) do Rio de Janeiro instaurou inquérito hoje (15) para apurar as circunstâncias da morte de Raimunda Claudia Rocha Silva, de 47 anos, no fim da tarde de ontem (14), no Complexo da Maré, zona norte da cidade. Ela foi atingida por um tiro no conjunto de favelas, que está ocupada pelo Exército há um ano.
De acordo com a Polícia Civil, testemunhas e militares da Força de Pacificação do Exército estão sendo ouvidos. O corpo da vítima foi levado na manhã desta quarta-feira ao Instituto Médico Legal (IML). Policiais já fizeram perícia no local da ocorrência, na Vila do João, dentro do Complexo de Favelas da Maré.
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Por meio da página do Facebook Maré Vive, moradores da região relataram que Cláudia estava na janela de casa quando foi atingida com um tiro na cabeça. Em nota, a Força de Pacificação (FPac) da Maré disse que militares do Exército receberam disparos de fuzil e de pistola durante patrulhamento. Ainda segundo a FPac, os militares revidaram.
Os militares disseram que Raimunda não estava na direção de tiro da patrulha quando foi baleada. A FPac acrescentou que ela estava em uma posição afastada e atrás da linha dos soldados. No dia 1º de abril, a Polícia Militar do Rio começou a substituir os mais de 3 mil soldados que ocupam o Complexo da Maré.
A medida integra o planejamento da Secretaria de Estado de Segurança para pacificar o local, composto por 16 comunidades. As Forças Armadas estão no local desde o dia 5 de abril do ano passado.