Polícia de Alagoas investigará últimas movimentações de delator do PCC

Gritzbach estava retornando do estado com uma bolsa contendo joias avaliadas em R$ 1 milhão quando foi morto no Aeroporto de Guarulhos

14 nov 2024 - 17h31
(atualizado às 21h54)
Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto no Aeroporto de Guarulhos (SP)
Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi morto no Aeroporto de Guarulhos (SP)
Foto: Reprodução/TV Record

A Polícia Civil de Alagoas, através da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), vai prestar apoio nas investigações sobre o assassinato do empresário e delator do PCC, Antônio Vinicius Gritzbach. Ele foi morto a tiros na última sexta-feira, 8, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Segundo informações da corporação ao Terra, a equipe da Dracco foi chamada pela Delegacia de Homicídios de São Paulo para ajudar a esclarecer o caso. Os investigadores irão apurar quais foram as últimas movimentações de Gritzbach em Alagoas, já que ele havia retornado do estado com uma bolsa contendo joias avaliadas em R$ 1 milhão, supostamente entregues por um devedor não identificado.

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A investigação também explora a hipótese de que um olheiro teria monitorado o delator durante o voo de Maceió a São Paulo e passado informações sobre sua localização aos executores. A lista de passageiros do voo será analisada para identificar possíveis suspeitos.

Há ainda suspeitas sobre o possível envolvimento de policiais que faziam a escolta particular de Gritzbach de forma irregular. Esses agentes foram afastados e tiveram seus celulares apreendidos para investigação, pois há a suspeita de que eles possam ter facilitado a execução.

Além disso, a hipótese de participação de policiais civis no crime também está sendo analisada. Dias antes de ser assassinado, Gritzbach havia denunciado agentes por corrupção e extorsão junto à Corregedoria da Polícia Civil. Ele afirmou que investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) exigiram R$ 40 milhões para retirá-lo de um inquérito sobre o assassinato de dois membros do PCC em 2021.

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A acusação do delator, que foi formalizada em uma delação premiada ao Ministério Público, apontava um policial específico, alegando que ele mantinha negócios com um integrante do PCC. Ainda segundo o empresário, um investigador teria roubado R$ 20 mil e sete relógios de luxo de sua casa, quando ele foi preso.

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Após a denúncia, o policial foi visto usando os relógios em fotos nas redes sociais, que foram apagadas rapidamente após o depoimento, segundo o promotor Lincoln Gakiya, em entrevista à GloboNews. Esse fato levantou suspeitas de que o conteúdo do depoimento tenha sido vazado. Na quarta-feira, a Secretaria de Segurança afastou os policiais civis mencionados na delação.

Fonte: Redação Terra
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