A Polícia Civil do Rio de Janeiro já tem o nome, endereço, idade e perfil do suspeito de acender o artefato explosivo que vitimou o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade, que morreu nesta segunda-feira, três dias depois de ser atingido por um rojão na manifestação contra o aumento da tarifa dos ônibus, no Rio de Janeiro. De acordo com o delegado titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão), Maurício Luciano, todas as informações a seu respeito serão divulgadas tão logo o poder judiciário conceda nas próximas horas o pedido de prisão preventiva, de 30 dias.
O rosto do suspeito foi reconhecido por Fábio Raposo, 22 anos, detido no último final de semana por ter supostamente passado para este indivíduo o artefato que vitimou fatalmente o repórter cinematográfico. Ao contrário da primeira versão, Raposo, preso no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro, afirmou, de acordo com o relato do delegado, que “eles se encontravam em manifestações e que esse rapaz tem perfil violento.” “Aquele cara que tem função de briga, agressão, de instigar”, afirmou ainda Maurício Luciano. “Não foi um atentado à liberdade, o que se procurou foi atingir as forças policiais que vinham daquele lado. O Santiago ficou na linha de tiro”, completou.
Com a morte de Santiago, o indiciamento tanto deste suspeito, quanto o de Fábio Raposo, passará para homicídio doloso qualificado com uso de artefato explosivo, mais crime de explosão. Se ficar comprovado que eles agiam em bando organizado, ambos podem ser acusados ainda de formação de quadrilha, o que pode elevar a pena máximo para até 40 anos de reclusão.
Para delegado que investiga morte de cinegrafista, houve intenção de matar
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Além de uma foto, Fábio Raposo também reconheceu, na visita dos agentes da Polícia Civil ao complexo de Gericinó, a imagem do suspeito em um vídeo da TV Bandeirantes, divulgado também nesta segunda-feira. “Nós tínhamos um vídeo e ele diz que a pessoa é a mesma. A gente está mapeando os passos dele. Vamos encaminhar o pedido de prisão preventiva hoje ainda”, completou Luciano.
Mais cedo, o advogado de Raposo, Jonas Tadeu Nunes, afirmou que já havia passado ao delegado titular o nome e o CPF deste homem que acendeu o artefato. Maurício Luciano explicou em coletiva de imprensa aos jornalistas, já na noite desta segunda-feira, que “o advogado apenas reforçou uma suspeita que nós já tínhamos. O reconhecimento do fato foi fundamental, aí tivemos a convicção”.
A questão da delação premiada para Raposo, no entanto, é algo que será apreciado apenas no momento do julgamento. “Caberá ao Judiciário. Se ele for beneficiado, será apenas na pena, na dosimetria. A situação dele é a mesma do início”, explicou o delegado.
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Ainda de acordo com o delegado, na ficha criminal do procurado consta uma passagem como vítima de manifestação, quando o ativista diz ter sido agredido pelas forças de segurança e fez queixa disso, e outra como detido em ato, cuja data não foi divulgada.
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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o cinegrafista chegou em coma ao hospital municipal Souza Aguiar. Ele sofreu afundamento do crânio, perdeu parte da orelha esquerda e passou por cirurgia no setor de neurologia. A morte encefálica foi informada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no início da tarde do dia 10 de fevereiro, após ser diagnosticada pela equipe de neurocirurgia do hospital, onde ficou internado no Centro de Terapia Intensiva desde a noite do dia 6.
Câmera flagra ação de suspeitos de jogar artefato que atingiu cinegrafista da Band
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O tatuador Fábio Raposo confessou à polícia ter participado da explosão do rojão que atingiu Santiago. Ele foi preso na manhã de domingo em cumprimento a um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão) e responsável pelas investigações, disse que Fábio já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado e crime de explosão e que a pena pode chegar a 35 anos de reclusão.
10 de fevereiro - Advogado diz ter informado a polícia sobre nome de suspeito pela morte de cinegrafista
Foto: Daniel Ramalho
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O jornalista Santiago Andrade, em fotografia de arquivo pessoal divulgada pela Rede Bandeirantes
Foto: Arquivo pessoal / Rede Bandeirantes
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8 de fevereiro - Delegado participou de uma entrevista coletiva na tarde deste sábado
Foto: Marcus Vinícius Pinto
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7 de fevereiro - Polícia mostra rojões similares ao que teria atingido o câmera
Foto: Fernando Frazão
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6 de fevereiro - Um cinegrafista da Band foi atingido por uma bomba que estourou ao lado dele. Ele foi encaminhado ao Hospital Souza Aguiar
Foto: Daniel Ramalho
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10 de fevereiro - O parlamentar, no entanto, negou que tenha qualquer ligação com o responsável pelo artefato e mesmo com a manifestante
Foto: Mauro Pimentel
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10 de fevereiro - O deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ) confirmou nesta segunda-feira que recebeu uma ligação da ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, solicitando ajuda porque tinha medo de que o tatuador Fábio Raposo fosse torturado na prisão
Foto: Mauro Pimentel
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10 de fevereiro - Cinegrafistas e outros profissionais da imprensa do SBT, Record, Globo, Band, Rede TV, agências de notícias e veículos alternativas colocaram seus equipamentos no chão em protesto contra a violência sofrida pela imprensa e contra a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade no Rio de Janeiro
Foto: Reynaldo Vasconcelos
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10 de fevereiro - Cerca de 50 fotógrafos, jornalistas e cinegrafistas colocaram as câmeras no chão em frente à igreja da Candelária e fizeram um minuto de silêncio pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, que morreu após ser atingido por um rojão na cobertura de um protesto no Rio
Foto: Marcus Vinicíus Pinto
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10 de fevereiro - Cerca de 50 fotógrafos, jornalistas e cinegrafistas colocaram as câmeras no chão em frente à igreja da Candelária e fizeram um minuto de silêncio pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, que morreu após ser atingido por um rojão na cobertura de um protesto no Rio
Foto: Marcus Vinicíus Pinto
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10 de fevereiro - Cerca de 50 fotógrafos, jornalistas e cinegrafistas colocaram as câmeras no chão em frente à igreja da Candelária e fizeram um minuto de silêncio pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, que morreu após ser atingido por um rojão na cobertura de um protesto no Rio
Foto: Marcus Vinicíus Pinto
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10 de fevereiro - Segundo delegado, caso fique comprovado que suspeitos agiam em bando organizado, ambos podem ser acusados também por formação de quadrilha
Foto: Daniel Ramalho
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11 de fevereiro - O Disque-Denúncia lançou um cartaz com a foto do suspeito de jogar um rojão contra o cinegrafista da Band
Foto: Divulgação
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11 de fevereiro - Cerca de 60 repórteres fotográficos, cinematográficos e jornalistas paralisaram suas atividades e fizeram uma manifestação em memória ao repórter cinematográfico Santiago Andrade
Foto: Joyce Carvalho
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11 de fevereiro - Cerca de 60 repórteres fotográficos, cinematográficos e jornalistas paralisaram suas atividades e fizeram uma manifestação em memória ao repórter cinematográfico Santiago Andrade
Foto: Joyce Carvalho
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12 de fevereiro - Delegado Maurício Luciano (esq.) anunciou a prisão do suspeito na Bahia. Ele concedeu coletiva horas depois no Rio de Janeiro ao lado do chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso
Foto: Mauro Pimentel
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12 de fevereiro - Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, o delegado responsável pela investigação afirmou que Caio Silva de Souza é uma pessoa "tranquila" descrição corroborada por colegas de trabalho e vizinhos dele, que teriam ficado surpresos com a prisão
Foto: Mauro Pimentel
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12 de fevereiro - Chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, disse que a polícia chegou primeiro ao Caio, suspeito de disparar o rojão que matou o cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade, graças ao advogado
Foto: Mauro Pimentel
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12 de fevereiro - Suspeito de ter lançado o rojão que matou cinegrafista da Band Santiago Andrade foi preso durante a madrugada na Bahia. Caio Silva de Souza foi apresentado pela polícia no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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12 de fevereiro - Ele foi preso no município de Feira de Santana, na Bahia, acusado de ser a pessoa que acendeu o artefato explosivo que vitimou fatalmente o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade
Foto: Mauro Pimentel
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12 de fevereiro - Caio foi descrito como um jovem de família pobre, morador da Baixada Fluminense, e simpático com os vizinhos e colegas de trabalho, mas que se transformava ao chegar às manifestações
Foto: Mauro Pimentel
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12 de fevereiro - Repórteres fotográficos e cinematográficos de São Paulo também realizaram homenagem ao cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, morto durante um protesto no centro do Rio de Janeiro na última quinta-feira
Foto: Nico Nemer
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13 de fevereiro - O velório foi aberto à imprensa
Foto: Mauro Pimentel
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13 de fevereiro - Arlita Andrade, mulher do cinegrafista morto no protesto
Foto: Mauro Pimentel
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13 de fevereiro - Nas costas, uma frase: "poderia ter sido qualquer um de nós"
Foto: Mauro Pimentel
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13 de fevereiro - Cinegrafista Santiago Andrade é velado no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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13 de fevereiro - Cinegrafistas da Band também usaram uma estampa na camiseta em homenagem ao amigo
Foto: Mauro Pimentel
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13 de fevereiro - Com uma camisa do Flamengo, a mulher de Santiago fez uma declaração de amor ao seu companheiro
Foto: Mauro Pimentel
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13 de fevereiro - O velório foi aberto ao público na manhã desta quinta
Foto: Mauro Pimentel
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13 de fevereiro - Diretor nacional de jornalismo da Band, Fernando Mitre, falou sobre a morte de seu colega de emissora