A Polícia Civil do Amazonas afirma já ter identificado sete presos suspeitos de participar da rebelião que deixou pelo menos 56 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM). As identidades dos sete presos não foram divulgadas para não atrapalhar as investigações.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, investigadores ouviram o testemunho de agentes penitenciários e de presidiários e identificaram os sete detentos como possíveis líderes do confronto entre as duas facções criminosas que disputam o controle das atividades ilícitas na região: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
"Durante o curso da apuração da ocorrência, os nomes dos sete detentos apareceram de maneira incisiva o que dá indicativo da participação deles nos delitos", comentou o delegado Ivo Martins, responsável pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Na segunda-feira (2), o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, e o governador do Amazonas, José Melo, anunciaram que os líderes das rebeliões ocorridas em Manaus (AM) serão transferidos para presídios federais em breve. Mas, segundo a Polícia Civil, por ora, os suspeitos de liderar a chacina do Compaj vão permanecer na mesma unidade prisional, onde ainda vão prestar depoimentos.