Uma crise se instalou na cúpula da Polícia Militar do Rio de Janeiro após o Ministério Público anunciar uma investigação sobre um suposto esquema que envolveria diversos batalhões do estado. Segundo o jornal O Globo, comandante-geral da Polícia Militar, coronel José Luís Castro Menezes, e os oficiais da mesma patente Paulo Henrique de Moraes e Ricardo Coutinho Pacheco, respectivamente chefes do Estado-Maior Operacional e do Estado-Maior Administrativo serão investigados em um procedimento criminal militar instaurado nesta quinta-feira pelo MP-RJ.
O objetivo da investigação, ainda segundo o jornal é apurar a denúncia de que a cúpula da PM receberia R$ 15 mil por mês de cada um dos 41 batalhões do estado. A assessoria da PM informou que apenas os oficiais do comando da corporação prestarão esclarecimentos.
Na tarde de ontem, foi noticiado que o coronel José Luís Castro Menezes estava deixando o cargo. Mas, à noite, também foi publicado que o comandante da PM se negava a pedir demissão, como queria o governo. Mais tarde, às 19h, uma nota oficial chegou a ser divulgada relatando a permanência de Luís Castro no comando da PM.
Diante dos fatos, o alto escalão da PM se reuniu no Palácio Guanabara com representante do governo estadual. Segundo o jornal, o clima era de tensão e não houve confirmação sobre a presença do governador Luiz Fernando Pezão.
