A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na noite desta quinta-feira, três suspeitos de atear fogo em um motorista de ônibus no último sábado. John Carlos Soares Brandão, 42 anos, fazia a linha 8047/41 (Jaguaré/Metrô Vila Madalena) quando o coletivo foi atacada opor cerca de 20 criminosos, que mandaram os passageiros descerem e atearam fogo no veículo. Segundo informações do Bom Dia Brasil, a polícia ouviu os suspeitos durante toda a noite e outros três já haviam sido identificados.
Os detidos são amigos e moram a poucos metros do local do crime. No celular de um dos suspeitos, a polícia encontrou uma gravação na qual o grupo fala sobre a ação, ocorrida na Estrada Turística do Jaraguá.
“Então, mano, botamo todo mundo pra descer do busão, mano. O motorista quis trocar soco comigo, parça. Aí a gasolina já tava dentro do busão já, mano, depois que todo mundo desceu, tá ligado? Que nós esperou todo mundo descer, né mano? Aí, eu coloquei a gasolina, o motorista veio trocar soco comigo, tá ligado, parça? Nós caímos no chão, mano, no bagulho, tá ligado? Aí nisso que nós caímos no chão, mano, ele se molhou com a gasolina, né parça? Aí nós descemos pra fora do busão trocando, mano”, disse o suspeito identificado como Lucas Mateus da Silva.
No diálogo, ele diz que não teve a intenção de queimar o motorista.“Aí o que que acontece: na hora que eu vi que não tinha ninguém no busão, eu fui tocar fogo lá no banco de trás lá, mano, na porta de trás, tá ligado? Ele tava entrando no segundo degrau da frente, mano. Ele tava com gasolina, tá ligado? Ele já pegou fogo também”, contou.
John morreu na noite de quarta, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade d queimados do Hospital Geral de São Mateus. O corpo do motorista foi enterrado nesta quinta e o crime gerou protestos dentro da categoria.
De acordo com a PM, o ataque ao ônibus ocorreu após a morte de um jovem de 21 anos, que foi baleado após tentar roubar um policial militar aposentado na quinta-feira da semana passada.
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