Polícia prende 3º suspeito de linchamento em Guarujá

8 mai 2014 - 21h49
(atualizado às 21h55)
<p>Confusão com retrato-falado e boato levaram a linchamento no Guarujá</p>
Confusão com retrato-falado e boato levaram a linchamento no Guarujá
Foto: Arquivo pessoal / Reprodução

A polícia prendeu nesta quinta-feira dois suspeitos de participar do linchamento da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, em Guarujá (SP). Segundo o Jornal Nacional, Carlos Oliveira de Jesus foi encontrado em Peruíbe. Na madrugada, foi detido Lucas Rogério Fabrício Lopes. Ambos foram identificados em vídeo. 

A Polícia Militar afirma que Lopes demonstrou arrependimento pelo ato. O jovem teria chorado na presença dos policiais e pedido desculpas pelo crime, que resultou na morte da vítima.

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Na última terça-feira, a polícia prendeu Valmir Dias Barbosa, 47 anos, que confessou  participação no linchamento da dona de casa. "Eu não tenho o que falar. Aconteceu e não posso fazer mais nada. Eu também tenho filhos e o papo que rolava é que estavam matando crianças. Não sabia se era inocente ou não. A foto era idêntica. E eu não tenho mais nada a falar", afirmou Valmir após ser preso.

Boatos e morte

Fabiane havia sido espancada por moradores do Guarujá, na Baixada Santista, depois de confundida com suspeita de ter sequestrado uma criança no bairro de Morrinhos para praticar rituais de magia negra. O caso foi registrado na noite de sábado e teria sido motivado por uma publicação no Facebook da página Guarujá Alerta. Na mensagem postada na rede social, uma página mostrava a foto de uma mulher parecida com a que foi agredida.

Os moradores reconheceram uma vizinha como a mulher da foto. Fabiane foi amarrada, arrastada e espancada por um grupo de pessoas após a divulgação da imagem, segundo a Polícia Civil.

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A vítima foi enterrada na manhã de terça, sob protestos de familiares. Ela deixa duas filhas de 13 anos e 1 ano de idade. O responsável pela página Guarujá Alerta, que teria divulgado o retrato falado da sequestradora de crianças, já foi chamado pela polícia para prestar esclarecimento. Ele depôs por duas horas e meia, cedeu para a polícia a senha da página que administra, e disse que não incitou o linchamento. 

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Fonte: Terra
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