Apreendido segundo suspeito de matar ciclista no Rio

O médico Jaime Gold foi esfaqueado quando pedalava na Lagoa Rodrigo de Freitas e teve sua bicicleta roubada

27 mai 2015 - 22h39
(atualizado às 22h40)

Policiais da Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, apreenderam nesta quarta-feira (27) um outro adolescente, de 15 anos, que teria participado da morte do médico Jaime Gold, 57 anos, quando pedalava na ciclovia da Lagoa Rodrigo de Freitas, na terça-feira (19) da semana passada.

Cartaz em velório do médico Jaime Gold
Cartaz em velório do médico Jaime Gold
Foto: Juliana Prado / Especial para Terra

De acordo com a delegada Patrícia Aguiar, encarregada do inquérito, o adolescente apreendido contou em detalhes como tudo teria ocorrido no dia do crime. Ele disse que o primeiro jovem apreendido em Manguinhos foi quem desferiu os golpes de faca que mataram o cardiologista.

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A policial disse que a faca estava com o primeiro adolescente apreendido e, devido à reação do cardiologista, na hora da abordagem, ele esfaqueou o médico pelas costas. Em seguida, pegaram os pertences da vítima e o jovem apreendido hoje levou a bicicleta do médico da Lagoa para o bairro do Jacaré, na zona norte, onde a bicicleta foi deixada, mas ainda não localizada pela polícia.

A delegada informou ainda que a faca suja de sangue foi entregue ao menor apreendido e que ele se desfez dela na altura do Eixo Maracanã. A Justiça ouviu hoje o adolescente de 16 anos, preso em Manguinhos, suspeito de participação do assalto que provocou a morte de Jaime Gold. Ele negou novamente qualquer envolvimento com o crime. Na audiência no Fórum Regional da Leopoldina, em Olaria, subúrbio do Rio, a juíza Cristina de Araújo Góes definiu que o jovem continuará mantido internado em uma unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase).

O cardiologista foi esfaqueado pelas costas, por dois adolescentes, quando pedalava na ciclovia da Lagoa, zona sul do Rio. A juíza marcará uma nova audiência, ainda sem data definida, quando serão ouvidas as testemunhas e será feita a produção de provas. A defesa do jovem definirá dentro de três dias quem será trazido para depor a favor do adolescente. O advogado de defesa, Alberto Oliveira Junior, disse que as pessoas da comunidade de Manguinhos, onde o jovem reside com a mãe, acreditam na inocência dele e, caso precise, alguns moradores do local podem ser chamados para testemunhar a favor.

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“A gente deixa claro que ele não esteve na Lagoa. Vai ficar provado que não estava no local do crime”, disse. “É inconcebível a pessoa ser reconhecida por uma foto.” Ele acredita que foi prematura a apreensão do jovem. “Se ele não fosse negro e pobre, não estaria preso.”

Rio vive indignação por morte de ciclista na Lagoa
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Agência Brasil
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