Um homem foi preso suspeito de ajudar os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Uma investigação aponta que ele teria ido até uma cidade no Ceará e ajudado os detentos a conseguirem um carro. Polícias e forças de segurança fazem buscas na região desde o dia 14 de fevereiro.
Três homens foram presos suspeitos de ajudar os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). A primeira prisão aconteceu na comunidade de Quixabeirinha, em Mossoró, na tarde de quarta-feira, 21, de forma preventiva. Já os outros dois foram presos em flagrante. Além disso, um carro também está sendo periciado. Nele, foram encontradas armas e drogas.
A investigação aponta que o primeiro homem preso teria ido até uma cidade do Ceará, onde pegou um carro e levou para Baraúna, no Rio Grande do Norte. Uma outra pessoa ainda não identificada teria levado o veículo até os dois fugitivos. As informações são da GloboNews. A Polícia Federal ainda não se posicionou oficialmente sobre as prisões.
Nesta quinta-feira, 22, a polícia entrou no nono dia de buscas aos fugitivos. Deibson Nascimento e Rogério Menonça, ligados ao Comando Vermelho (CV), escaparam da unidade prisional no dia 14 de fevereiro. A expectativa é de que os dois fugitivos continuem dentro do raio das buscas, entre o Rio Grande do Norte e o Ceará.
Investigação captou sinais de celulares
Investigadores que apuram a localização dos dois detentos localizaram o sinal de celulares que foram usados por eles na divisa com o Estado do Ceará. Os fugitivos invadiram uma casa na última sexta-feira, 16, e roubaram dois celulares.
O sinal de celular dos fugitivos foi detectado no sábado, 17, em uma área rural, perto da divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará. Desde então, os aparelhos não foram mais detectados, e a suspeita é que tenham ficado sem bateria.
Ao invadir a casa para roubar os celulares, os fugitivos também comeram, pediram para entrar nas redes sociais e assistiram notícias sobre a própria fuga. A casa fica a cerca de 3 km da penitenciária, na comunidade de Riacho Grande. As informações são da GloboNews.
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, alegou que a complexidade do terreno dificulta os trabalhos e que não há prazo para a captura. Ele esteve em Mossoró no último domingo, 18.
A operação conta com o apoio de helicópteros, drones, cães farejadores e outras tecnologias, além de mais de 500 agentes das forças de segurança estadual e federal.
Uma investigação interna também é realizada no sistema prisional federal. O objetivo é apurar um possível envolvimento de funcionários do presídio na fuga dos detentos. Uma equipe da corregedoria da Senappen conduz os interrogatórios. A investigação interna não tem ligação com a que é conduzida pela Polícia Federal.