Polícia vai pedir exame de sanidade mental de filho de Eduardo Coutinho

5 fev 2014 - 13h20
(atualizado às 13h23)

O delegado Rivaldo Barbosa, do Departamento da Divisão de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro vai pedir à Justiça um exame de sanidade mental de Daniel Coutinho,  41 anos, principal suspeito de matar a facadas o pai, o cineasta Eduardo Coutinho, e de esfaquear a mãe, Maria das Dores Oliveira, no apartamento da família no último domingo. Ele foi preso em flagrante pela polícia, e a Justiça entendeu que as provas iniciais são suficientes para que o filho do cineasta fique preso "para a garantia da ordem pública".

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Ontem, a polícia informou que Daniel confessou o crime e o caso foi dado como esclarecido. O depoimento de Daniel durou cerca de duas horas e foi dado ainda no hospital municipal Miguel Couto, na zona sul do Rio, para onde foi levado no último domingo. Daniel disse que “tentava o suicídio. Para não deixar os pais desamparados, vai ao encontro da mãe e a perfura, mas ela se abriga (num cômodo da casa). O pai sem oferecer resistência, morre. Ele depois dá duas facadas no próprio abdômen e vai pedir ajuda aos vizinhos”.

Internada num hospital particular do Rio, a esposa de Coutinho, Maria das Dores de Oliveira Coutinho, 62 anos, continua em estado grave, porém estável, com perfurações na altura do peito e abdômen. A polícia afirmou que espera o estado de saúde de Maria das Dores melhorar para que ela seja ouvida sobre o crime.

Coutinho era considerado um dos maiores documentaristas do Brasil. Entre outros filmes, ele é autor de Cabra Marcado para MorrerBabilônia 2000Jogo de Cena e Edifício Master. Entre as diversas premiações internacionais e nacionais que recebeu, o documentarista é vencedor do Kikito de Cristal, tido como a mais importante premiação do cinema nacional, pelo conjunto de sua obra.

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Entenda o caso

O cineasta Eduardo Coutinho, 81 anos, considerado um dos principais documentaristas do Brasil, foi assassinado a facadas neste domingo, dentro de casa, no bairro da Lagoa, zona sul do Rio Janeiro. A mulher do documentarista, Maria das Dores de Oliveira Coutinho, 62 anos, também foi ferida e encaminhada em estado grave para o hospital Miguel Couto.

O filho do documentarista, Daniel Coutinho, 41 anos, que tem esquizofrenia, confessou ser o autor do crime. Ele foi preso em flagrante pela polícia, e a Justiça decretou a prisão preventiva.

De acordo com o delegado e diretor da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, "o que aconteceu por volta das 11h é a expressão genuína da palavra tragédia. Filho atinge mortalmente seu pai a facadas o matando. Posteriormente a isso, se dirige à mãe e a atinge. Ela correu para um cômodo, provavelmente o banheiro, se trancou e acionou o outro filho pelo telefone", descreveu Barbosa.

O delegado ainda disse que Daniel, ensanguentado, bateu nas portas dos vizinhos e falou palavras desconexas: "libertei meu pai e tentei libertar minha mãe e eu. Tentando, me furei duas vezes e nada acontece". Depois, ele aguardou a chegada dos bombeiros no apartamento onde morava com os pais e abriu a porta voluntariamente.

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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Maria foi esfaqueada duas vezes na região da mama, três no abdômen e sofreu também lesões no fígado. Ela foi operada e seu estado de saúde é grave. O filho do cineasta também foi encaminhado ao hospital Miguel Couto, com dois ferimentos provocados por faca na região abdominal. Ele foi operado e seu estado de saúde é considerado estável. 

Coutinho era considerado um dos maiores documentaristas do Brasil. Entre outros filmes, ele é autor de Cabra Marcado para Morrer, Babilônia 2000, Jogo de Cena e Edifício Master. Entre as diversas premiações internacionais e nacionais que recebeu, o documentarista é vencedor do Kikito de Cristal, tido como a mais importante premiação do cinema nacional, pelo conjunto de sua obra.

Fonte: Terra
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