Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal fizeram nesta terça-feira mais uma manifestação no Rio de Janeiro para pressionar o governo a aprovar a reestruturação dessas carreiras e o reconhecimento de suas atribuições. Durante o protesto, no Aeroporto Santos Dumont, os policiais ergueram faixas e distribuíram panfletos aos passageiros.
Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Fedederal no Rio, André Vaz de Mello, a categoria ameaça parar durante a Copa do Mundo se não houver avanço na negociação com o governo federal até o início de junho.
"O governo sempre nos sinaliza que (se entrarmos em greve) vai nos substituir pelo Exército ou pela Força Nacional (no setor de imigração dos portos e aeroportos). Mas não adianta substituir por um militar ou qualquer outro funcionário público (porque não vai saber como funciona o setor). Então será um caos, vai parar. Ou então o governo federal poderá abrir a porteira e deixar entrar todo mundo, terrorista, procurados pela Interpol", disse Mello.
Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Justiça informou, por meio da assessoria de imprensa, que não se pronunciará sobre a ameaça de greve dos policiais. O Ministério também disse que não há, por enquanto, um plano de contingência caso a greve seja decretada durante a Copa do Mundo.