O homem preso em Curitiba (PR) acusado de ser o mandante do estupro coletivo e da tentativa de homicídio da ex-mulher vinha praticando uma série de ataques contra a vítima nos dias que antecederam o crime, afirmou nesta quinta-feira o delegado Amarildo Antunes, titular da Delegacia de Furtos e Roubos. "O homem já vinha praticando uma série de atentados contra a vítima. O melhor amigo dele disse que ele tinha a intenção de fazer uma ação mais violenta", afirmou.
O crime ocorreu em novembro de 2012. De acordo com as investigações, Anésio de Jesus Costa Junior, 39 anos, não aceitava o fato de que a ex-mulher - com quem fora casado por 17 anos e teve dois filhos - estava em um novo relacionamento. Na quarta-feira, o ex-marido e outros três homens suspeitos de participação no crime foram presos, além de dois adolescentes apreendidos.
De acordo com o delegado, o ex-marido da vítima procurou o melhor amigo e disse que precisava de um pessoal para fazer o serviço. A partir das investigações, a polícia localizou um homem que recrutou um dos suspeitos e os dois adolescentes para cometer os crimes. "No dia do crime, o ex-marido, o melhor amigo e o homem que recrutou foram ao local no carro do ex-marido, que disse todas as informações sobre a vítima, citou o nome e o apelido do irmão da vítima, estratégia usada para poder entrar na casa", explica Antunes. Os criminosos citaram que o irmão da vítima estava precisando de socorro. Assim, conseguiram que ela abrisse a porta e fosse rendida.
Segundo a polícia, o trio tinha a incumbência de estuprar e matar a vítima - Anésio e os outros dois homens ficaram de guarda perto da residência durante a ação. Toda a ação foi presenciada pelo namorado da vítima, que também foi agredido fisicamente e amarrado. A mulher foi estuprada pelo trio. Após a agressão sexual, os criminosos usaram um martelo para golpear a cabeça da enfermeira. Eles também roubaram objetos como celular, aparelho de DVD e notebook para simular um assalto.
Após receber marteladas na cabeça, a mulher ficou inconsciente, o que levou o trio a acreditar que ela estava morta. Entretanto, a vítima acordou posteriormente e encontrou o namorado amarrado. A vítima, então, procurou a Polícia Militar e fez o boletim de ocorrência, sem saber que o mandante era o pai de seus filhos. "Ela sabia dos três indivíduos que invadiram a casa dela. Ela até ficou com medo de acusar o ex-marido e depois isso se reverter contra ela mesma. Poderia afetar a relação com os filhos e com a família. A vítima deixou a cargo da polícia. Foi um choque para ela e para os filhos quando ficaram sabendo que o ex-marido estava por trás de tudo", afirmou o delegado.