Prefeito é condenado a 11 anos por pedofilia no Amazonas

Adail Pinheiro também foi sentenciado a um ano e dois meses de prestação de serviços comunitários por abuso de poder econômico

18 nov 2014 - 18h36
(atualizado às 18h43)

A Justiça do Amazonas condenou, no final da manhã de hoje, o prefeito do município de Coari, Manoel Adail Pinheiro (PRP) a 11 anos e 10 meses de prisão, pelos crimes de pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes. A decisão cabe recurso.

Adail Pinheiro, que, desde o dia 8 de fevereiro, está preso em uma cela especial no Batalhão do Comando de Policiamento Especializado (CPE), no conjunto Dom Pedro, na zona centro-oeste de Manaus, também foi sentenciado a um ano e dois meses de prestação de serviços comunitários em uma outra ação penal julgada hoje pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM). Essa ação é referente a abuso de poder econômico.

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Das três ações contra Pinheiro, analisadas hoje pelo pleno do TJ-AM, apenas uma foi favorável ao prefeito. Os desembargadores negaram o pedido de intervenção no município de Coari, que havia sido solicitado pelo Ministério Público Estadual (MPE).

O julgamento ocorreu a portas fechadas. A ação penal está sob segredo de justiça desde que o caso veio à tona, em 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Vorax. 

Além de Adail, o ex-secretário de administração do município, Adriano Salan, e a ex-servidora da prefeitura, Maria Lândia, foram condenados, respectivamente, a 10 e 11 anos de prisão pelos crimes de exploração sexual e pedofilia. Ambos são apontados como intermediadores dos encontros do prefeito com as jovens.

A ação penal levou cinco anos para ser julgada. Adail ainda responde a outros três processos de exploração sexual no TJAM. 

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Pinheiro vai permanecer preso no CPE,  mas os advogados do prefeito afirmaram que irão recorrer das duas decisões no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Adail Pinheiro responde a 57 processos na Justiça do Amazonas. Destes, 30 ações penais são por improbidade administrativa, a maioria apresentada em 2013.

Mesmo com a condenação, o prefeito permanece com os direitos políticos. No entanto, o município permanece sob o comando do vice-prefeito Igson Monteiro, do PMDB.

Fonte: Especial para Terra
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