A pedido do governo de Santa Catarina, líderes de facções criminosas que cumprem pena em unidades prisionais do estado serão transferidos para penitenciárias federais. O Ministério da Justiça e as secretarias estaduais de Segurança Pública e de Justiça e Cidadania discutem a quantidade de presos a ser transferida e os estabelecimentos para onde serão remanejados. Por razões de segurança, não foram revelados detalhes da operação.
As duas secretarias também confirmaram a investigação sobre a procedência de um áudio em que um suposto preso da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) menciona a atual onda de ataques a ônibus, delegacias, postos de Polícia e a residências de policiais. O áudio indica que a ordem tenha partido do presídio potiguar. Desde 2012, quando uma onda de ataques alarmou a população de Florianópolis, líderes criminosos transferidos do estado cumprem pena naquela unidade.
Apesar de um delegado mencionar a possibilidade de líderes das facções criminosas catarinenses presos em Mossoró terem contato com os atuais líderes da organização, representantes das secretarias tratam o caso como hipótese a ser investigada. Em nota, o Ministério da Justiça negou qualquer possibilidade de comunicação entre os presos.
Além de apurar a veracidade da mensagem, setores de inteligência das duas pastas investigam como os presos de Mossoró fariam a mensagem chegar à Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, e, daí, para os integrantes da organização criminosa.