O porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, disse hoje que o presidente Jair Bolsonaro está "consternado" com a chacina ocorrida no sistema prisional do Amazonas, que resultou num total de 55 mortos, todos detentos.
De acordo com a secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), as mortes ocorreram no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), todos localizados em Manaus (AM). Os corpos apresentavam indícios de morte por asfixia.
"Obviamente, o presidente está consternado pelo processo escabroso que ocorreu naquele sistema penitenciário. E já vem orientando o ministro Moro no sentido de colocar toda a sua força como ministro da Justiça e Segurança Pública para apoiar aquele estado e debelar o mais pronto possível qualquer atividade que venha a se colocar em contra a sociedade, em especial aqueles presos que se encontram presos naquele complexo penitenciário", disse Rêgo Barros.
O governo federal, que monitora a situação nos presídios por meio do próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública, além dos serviços de inteligência, não crê que a violência nos presídios possa extrapolar para as ruas. "Não existem indicações de que essa crise possa extrapolar o âmbito do complexo penitenciário", acrescentou o porta-voz da Presidência.
Mais cedo, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Pontel, disse que assinaria a autorização para que agentes da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária atuem no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. O pedido de apoio da força-tarefa foi feito pelo governo estadual.