A Polícia Civil e a Sabesp investigam pelo menos 46 pessoas da região metropolitana de São Paulo suspeitas de atuarem em quadrilhas especializadas em furto de água. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a maioria é composta por ex-prestadores de serviço da própria Sabesp.
Entre as práticas utilizadas pelas quadrilhas está até a utilização de brocas de dentista para perfurar o vidro do relógio e permitir o travamento do sistema de medição de tarifa. Eles também costumam usar imãs para interferir nos medidores.
Desde o final de 2013, segundo o jornal, há 147 inquéritos abertos pela polícia paulista para apurar os crimes praticados por essas quadrilhas. "O agente fraudador é aquele que vai na lavanderia, vai no restaurante, vai no hotel e vende esse serviço para o cliente dele. Vende a gestão do consumo", disse o superintendente de Auditoria da Sabesp, Marcelo Fridori, um dos envolvidos nesse trabalho.
Segundo a polícia, entre os fraudadores existe um “plano” especial que garante um “combo de gatos”, envolvendo água e luz. A expectativa é de que as irregularidades tenham desviado do sistema 2,6 bilhões de litros de água, suficientes para abastecer 260 mil pessoas por mês.