A advogada Amanda Partata foi presa sob suspeita de provocar a morte do ex-sogro, Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86 anos, por envenenamento em Goiânia (GO). Os dois morreram após ingerir um alimento envenenado durante um café da manhã na presença da suspeita.
No início, os familiares das vítimas suspeitaram da confeitaria que vendeu os doces, mas essa hipótese foi descartada pela polícia. Os investigadores ainda não divulgaram detalhes sobre como os homicídios teriam ocorrido.
Amanda é uma advogada de Itumbiara, região sul de Goiás. Ela cursou Direito na Universidade Luterana do Brasil e tem registro junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em seu perfil em uma rede social, Amanda também se apresenta como psicóloga, terapeuta cognitivo-comportamental. Ela é seguida pela filha de Leonardo. No entanto, de acordo com o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), não há registro profissional ativo para ela no banco de dados do Conselho.
Ela foi presa no início da noite de quarta-feira, 20. Amanda foi conduzida para a Delegacia de Homicídios, em Goiânia. A polícia, porém, não deu mais detalhes sobre como as investigações foram levadas até ela. Mais informações deverão ser repassadas para a imprensa apenas nesta quinta-feira, 21.
Ao ser questionada na porta da delegacia pela imprensa, Amanda negou que tenha cometido o crime e disse também que está grávida.
Entenda o caso
Após Leonardo e a mãe passarem mal surgiram especulações de que eles teriam sido intoxicados por comerem em uma famosa doceria de Goiânia, a Perdomo Doces. As investigações, no entanto, descartaram tal possibilidade posteriormente. Mãe e filho morreram com horas de diferença.
Leonardo Pereira Alves foi o primeiro a morrer. Em uma publicação em uma rede social, sua filha, Maria Paula Alves, lamentou a morte e deu detalhes sobre como tudo ocorreu. Segundo ela, o pai acordou, "comeu um alimento comprado em um estabelecimento famoso, mas acabou passando mal."
"Vomitou sem parar, por horas, buscou atendimento médico e, quando eu soube da situação, já havia ocorrido uma série de complicações que acabaram levando a óbito. Entre o primeiro sintoma até seu último suspiro não teve nem 12 horas", continuou Maria Paula.
Na mensagem, ela frisou que não queria apontar culpados, nem procurar motivos para a morte precoce do pai. "O texto é sobre o senhor ter sido --e ainda ser-- o maior exemplo de homem/pai que eu encontrei", escreveu na publicação feita na noite de domingo, 17.
Horas depois, Maria Paula informou que a sua avó também não resistiu e morreu na madrugada desta segunda-feira, 18: "Ontem minha vovó passou mal junto com meu pai, foi internada no mesmo momento, mesma UTI, aguentou mais tempo, mas hoje de madrugada foi acompanhar o meu papai no céu."
Leonardo era assistente de gestão administrativa na Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores. A Polícia Civil de Goiás publicou uma nota em que lamenta a morte do servidor.