Quem é o megatraficante que fugiu de operação da PF em helicóptero

Antônio Joaquim Mota coordena uma sofisticada organização paramilitar a serviço do tráfico de drogas

3 jul 2023 - 17h50
(atualizado às 17h53)
Antônio Mota, conhecido como Motinha ou Dom, fugiu de helicóptero de uma operação da PF
Antônio Mota, conhecido como Motinha ou Dom, fugiu de helicóptero de uma operação da PF
Foto: Reprodução

Na última sexta-feira, 30, o traficante Antônio Joaquim Mota, conhecido como Dom ou Motinha, fugiu um dia antes de uma operação da Polícia Federal usando um helicóptero, em uma fazenda que fica na fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai. O megatraficante coordena uma sofisticada organização criminosa paramilitar a serviço do tráfico de drogas.

  • - Organização: O grupo conta com paramilitares brasileiros e estrangeiros, que, inclusive, teriam experiência em conflitos internacionais. Segundo um diálogo obtido pela revista piauí, em 2021, Dom chegou a comandar mais de 120 homens armados na fronteira entre Brasil e Paraguai.
  • - Poderoso Chefão: O traficante escolheu ser apelidado de Dom em referência ao clássico filme que conta a história do mafioso Dom Corleone.
  • - "Clã Mota": Antônio Mota assumiu o comando de um negócio que está na família há pelo menos três gerações, segundo a CNN. A família já atuou no contrabando de cigarros, aparelhos eletrônicos e agora se especializou no tráfico de cocaina. A droga viria da Bolívia e da Colômbia, transportada até o Paraguai e, de lá, seguiria de helicóptero para São Paulo e Paraná, onde era escoada para os portos de Santos (SP) e de Itajaí (SC).
  • - Operação Lava Jato: Mota já foi preso anteriormente em uma das fases da Operação Lava Jato, em novembro de 2019. A quadrilha dele teria ocultado mais de US$ 20 milhões em contas nas Bahamas e entre laranjas no Paraguai.

Operação Magnus Dominus

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A Polícia Federal nomeu a operação que prenderia Motinha de Magnus Dominus, a tradução de "Poderoso Chefão" para o latim. Apesar da fuga do traficante, os agentes prenderam seis membros do grupo criminoso.

A Justiça Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego, em uma operação policial simultânea no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

A PF apreendeu um arsenal com 14 armas, 40 caixas de munição e seis granadas
Foto: Divulgação/ PF - MS

Durante as investigações, a Polícia Federal constatou que a organização criminosa possui grande poder bélico, com coletes balísticos, drones, óculos de visão noturna, granadas, além de armamento de grosso calibre, a exemplo de fuzis .556, 762 e .50, este capaz de perfurar blindagens e abater aeronaves.

A PF não divulgou um balanço das prisões porque considera que a operação ainda está em andamento. Além dos suspeitos presos, a PF apreendeu cerca de 14 armas, além de 40 caixas de munição, seis granadas e colete balístico.

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*com informações do Estadão

Fonte: Redação Terra
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