Mais de 40 horas depois de iniciada a rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapava (PR), pelo menos dez agentes penitenciários e detentos ainda são reféns dos presos rebelados. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a situação é crítica e as negociações não evoluem.
No fim da tarde desta terça, por volta das 17h30, um terceiro agente foi liberado ferido e foi encaminhado para um serviço de saúde. Segundo o Sindarspen, os outros dois que foram liberados estão feridos e os que continuam reféns estão sendo torturados. No começo da rebelião, presos jogaram material inflamável em um agente e queimaram 20% do corpo do profissional, que foi o primeiro refém liberado.
Em alguns momentos, os rebelados concentraram-se no telhado do presídio, onde mantiveram reféns vendados e amarrados ao para-raios e penduraram outro de cabeça para baixo. Segundo o sindicato, pelo menos mais dez pessoas foram feridas e encaminhadas para a emergência da cidade, entre elas, seis que foram jogadas do telhado.
Na manhã de ontem os presos entregaram uma lista de exigências para a Secretaria Estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Entre elas está a transferência de presos para outro presídio.
O motim começou por volta das 11h30 da manhã de segunda, quando parte dos internos era conduzida a um canteiro de trabalho no interior do presídio. Com capacidade para 240 presos, a Penitenciária Industrial de Guarapava abriga 239 detentos. Cerca de 80 presos começaram o motim.
Como o apenado tem direito à progressão de pena? Tire essa e outras dúvidas a seguir.