A permanência das forças de segurança no Complexo da Maré deu início a um mutirão da prefeitura do Rio de Janeiro, que mobilizou algumas de suas secretarias para atender a demandas acumuladas nos últimos anos e, segundo os próprios secretários, não atendidas por causa da criminalidade. Nas vielas e ruas das 16 comunidades do complexo, garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), técnicos da Companhia Municipal de Energia e Iluminação (Rioluz) e agentes comunitários de saúde mapeavam nesta segunda-feira as necessidades mais prementes dos moradores, com vistas ao atendimento imediato.
Só a Comlurb retirou 140 toneladas de lixo da Maré até as 10h desta segunda-feira. A companhia é vinculada à Secretaria Municipal de Conservação, que destacou mais de 500 pessoas e 40 carros para a Maré. "Nos próximos 15 dias, vamos tirar um passivo de áreas em que antes não conseguíamos entrar, por problemas relacionados à segurança. O cidadão que mora na Maré vai ter uma nova logística a partir de agora", disse o secretário Marcus Belchior.
Além do acúmulo de lixo, a Maré sofria também com a falta de pontos de iluminação, já que traficantes haviam danificado, com tiros, parte dos postes de iluminação pública. "Estamos trabalhando na instalação de outros pontos de iluminação em áreas estratégicas, definidas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. Como a Maré era uma área conflituosa entre facções, os criminosos avariaram diversos desses pontos", segundo Belchior.
A secretaria também usou tratores para remover barricadas e obstáculos colocados para impedir o avanço de carros da polícia. Hoje, garis varriam e recolhiam lixo em praças e ruas da comunidade, pintando o mobiliário urbano e aparando gramados. Nos canais da comunidade, que é vizinha do Canal do Fundão, na Baía de Guanabara, o trabalho de limpeza cabe à Subsecretaria de Gestão das Bacias Hidrográficas (Rio-Águas).
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, também revelou que a ocupação vai permitir a execução de trabalhos que vinham sendo prejudicados pela criminalidade: "Uma série de problemas eram causados pela violência, como a lotação dos profissionais de saúde e o funcionamento das unidades no horário estendido, até às 20h. Essa mudança de perfil vai facilitar muito a vida da comunidade".
Segundo o secretário, os dois principais problemas de saúde registrados na Maré, a hipertensão e o diabetes, tinham seu tratamento prejudicado pela presença de criminosos armados. "Para esses problemas, a mudança de hábito é fundamental. Se você não tem a liberdade de sair da sua casa para fazer um exercício, por exemplo, sai prejudicado. Ter um grau de preocupação e estresse muito elevado também atrapalham o tratamento", conta Soranz.
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Reduto do crime organizado do Rio de Janeiro, o complexo de favelas da Maré foi ocupado nas primeiras horas deste domingo pelas forças de segurança do Estado
Foto: Maurício Soares
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O complexo fica na zona norte da capital fluminense
Foto: Maurício Soares
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A região compreende 15 favelas no total, com aproximadamente 130 mil moradores
Foto: Maurício Soares
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Os primeiros blindados começaram a entrar no complexo ainda na madrugada
Foto: Maurício Soares
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Blindado chega ao complexo da Maré na madrugada deste domingo
Foto: Maurício Soares
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Blindado passa por via estreia no complexo da Maré
Foto: Maurício Soares
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Início da ocupação no Complexo de Favelas da Maré
Foto: Bope
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O secretário de Estado de Segurança, José Mariano Beltrame, conversou com a tropa antes da ocupação.
Foto: Bope
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Ao todo, 1.180 policiais militares de várias unidades participam da operação
Foto: Bope
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Reunião final dos policiais do Bope antes da ocupação
Foto: Bope
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A Força de Segurança também apreendeu uma grande quantidade de maconha, suficiente para lotar uma picape da Polícia Federal, escondida em um buraco na sede da Vila Olímpica da Maré
Foto: Mauro Pimentel
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Armado com fuzil, policial inicia ocupação na Maré
Foto: Mauro Pimentel
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As tropas não enfrentaram resistência, segundo a PM
Foto: Mauro Pimentel
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A retomada do local durou cerca de 15 minutos
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Policiais civis e militares participam da ação
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Polícia pede para que moradores andem com documentos
Foto: AP
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: AP
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Blindados já tomavam conta do local no amanhecer
Foto: AP
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Logo nas primeiras horas, policiais encontraram drogas e prenderam suspeitos
Foto: Mauro Pimentel
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Policiais prenderam duas pessoas portando maconha em Nova Holanda
Foto: Bope
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Desembarque das tropas ainda na madrugada
Foto: Reuters
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Homens fortemente armados entraram no Complexo da Maré
Foto: Reuters
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Reuters
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Forças de Segurança ocuparam o Complexo de Favelas da Maré neste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Blindados ocupam as ruas do Complexo
Foto: Reuters
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Moradores observam a passagem de blindados da Marinha
Foto: Reuters
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Comércio abriu mesmo com a ocupação
Foto: Reuters
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Criança anda em cavalo da PM após ocupação do Complexo da Maré
Foto: PMRJ
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O telefone é 21-2253-1177 ou pelo 190 da Polícia Militar
Foto: Mauro Pimentel
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Neste processo de varredura, a secretaria de Segurança Pública pede para que os moradores utilizem o Disque-Denúncia para darem informações acerca dos locais onde possam estar escondidas armas e drogas, além de objetos roubados
Foto: Mauro Pimentel
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Policial bateu o pé no chão de terra atrás de algum possível fundo falso e descobriu, minutos depois, um tablete de aproximadamente 2 quilos de maconha
Foto: Mauro Pimentel
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A gente tem experiência, claro, mas tem que olhar tudo, disse ainda outro PM
Foto: Mauro Pimentel
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Cada comunidade é uma missão diferente. Mas aqui ainda é mais complicado, pois são muitas vielas. Veja onde estamos. Isso aqui tem um córrego passando embaixo, é escuro, então fica bem mais complicado de achar alguma coisa, revelou ainda outro policial militar
Foto: Mauro Pimentel
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Diferentemente de outras ocasiões, a extensão do complexo de favelas dificulta o trabalho dos policiais, além do fato da Maré ser antes ocupada por duas facções rivais do tráfico, e também por milicianos
Foto: Mauro Pimentel
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No processo de praxe no que envolve a ocupação das comunidades para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o Terra acompanhou uma guarnição do Choque
Foto: Mauro Pimentel
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Meu amigo, é como procurar agulha no palheiro, disse um dos policiais, que não quis se identificar
Foto: Mauro Pimentel
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Vila do Pinheiro, uma das 15 comunidades do Complexo da Maré, ocupado em definitivo pelas forças de segurança do Estado desde as primeiras horas deste domingo
Foto: Mauro Pimentel
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Por baixo do viaduto da Linha Vermelha, policiais do Batalhão de Choque, com pá e lanternas em mãos, faziam o processo de varredura do local atrás de armas e drogas
Foto: Mauro Pimentel
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Mais de mil policiais promovem ocupação do conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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Moradoras levam bolo para festa de 15 anos no dia da ocupação
Foto: Mauro Pimentel
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Até as 10h do domingo, a ação no Complexo da Maré contabilizou 118 prisões, sendo 105 presos na operação cerco e 13 presos durante a ocupação
Foto: Mauro Pimentel
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Mais de mil policiais promovem ocupação do conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Crianças brincam dentro do "caveirão", blindado do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope)
Foto: Mauro Pimentel
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Mais de mil policiais promovem ocupação do conjunto de favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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Hasteamento das bandeiras em praça marca a ocupação do complexo de favelas da Maré
Foto: Mauro Pimentel
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Grupo de moradores acompanha hasteamento das bandeiras do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel
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O intuito da secretaria de Segurança Pública do Estado é abrir espaço para a entrada do Exército no local
Foto: Mauro Pimentel
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São mais de 120 mil pessoas recebendo de volta sua segurança, disse o tenente-coronel André Vidal, comandante do Batalhão de Choque
Foto: Mauro Pimentel
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Símbolo de paz, pomba branca é liberada por integrante da Cruz Vermelha
Foto: Mauro Pimentel
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Os PMs apreenderam munição, drogas, radiocomunicadores e coletes balísticos
Foto: Tânia Rêgo
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"É comum locais grandes, como o São Carlos, a Maré e o Complexo do Alemão apresentarem a rivalidade entre facções. Mas, aqui na Maré, por ser uma área plana e não ter barreira geográfica, o confronto parece ser mais contundente", disse o coronel
Foto: Tânia Rêgo
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Para o comandante Vidal, a Maré é um caso em que o confronto entre facções rivais acaba se tornando mais intenso
Foto: Tânia Rêgo
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"Ontem, estávamos com 168 homens, e hoje estamos com uma média de 150. A diferença é só por conta da logística, para a montagem das estruturas, mas o efetivo é o mesmo, com turnos de 24 horas que se revezam. O Choque está todo aqui", disse o coronel André Vidal, comandante do Batalhão de Choque
Foto: Tânia Rêgo
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Um dia depois da ocupação do conjunto de favelas, os moradores do Complexo da Maré dizem estar mais seguros com o patrulhamento feito por dois batalhões da Polícia Militar (PM)
Foto: Tânia Rêgo
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Nas vielas e ruas das 16 comunidades do complexo, garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), técnicos da Companhia Municipal de Energia e Iluminação (Rioluz) e agentes comunitários de saúde mapeavam nesta segunda-feira as necessidades mais prementes dos moradores, com vistas ao atendimento imediato
Foto: Tânia Rêgo
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A permanência das forças de segurança deu início a um mutirão da prefeitura do Rio de Janeiro, que mobilizou algumas de suas secretarias para atender a demandas acumuladas nos últimos anos
Foto: Tânia Rêgo
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Primeiro dia útil após a ocupação pelas forças de segurança do Estado nas favelas do Complexo da Maré
Foto: Tânia Rêgo
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Também foram recolhidos três tabletes de maconha e dois radiotransmissores
Foto: Polícia Civil
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu nesta terça-feira 720 munições durante uma operação no Complexo da Maré, ocupado por forças de segurança desde o último domingo
Foto: Polícia Civil
Comércio e escolas voltam a funcionar
Um dia depois da ocupação do conjunto de favelas, os moradores do Complexo da Maré dizem estar mais seguros com o patrulhamento feito por dois batalhões da Polícia Militar (PM). O comércio e as escolas voltaram a funcionar normalmente. "Ontem, estávamos com 168 homens, e hoje estamos com uma média de 150. A diferença é só por conta da logística, para a montagem das estruturas, mas o efetivo é o mesmo, com turnos de 24 horas que se revezam. O Choque está todo aqui", disse o coronel André Vidal, comandante do Batalhão de Choque.
Para o comandante Vidal, a Maré é um caso em que o confronto entre facções rivais acaba se tornando mais intenso: "É comum locais grandes, como o São Carlos, a Maré e o Complexo do Alemão apresentarem a rivalidade entre facções. Mas, aqui na Maré, por ser uma área plana e não ter barreira geográfica, o confronto parece ser mais contundente", disse o coronel.
Ele acha a divisão do complexo entre organizações criminosas um desafio: "As quadrilhas promovem o terror social, e são arqui-inimigas. Então, o pedaço que divide a Baixa do Sapateiro com o Parque União passa a ser um local de maior tensão, porque, aproveitando a presença policial, algum elemento pode fazer um ato desatinado".
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Ao menos três prisões foram feitas nas últimas horas pelos policiais militares. Duas por tráfico de drogas e uma a partir de um mandado de prisão. Os PMs apreenderam munição, drogas, radiocomunicadores e coletes balísticos. Eles circulam pelas ruas, e os moradores manifestam satisfação e preocupações com a situação nas favelas, que reúnem mais de 120 mil habitantes.
Na Vila do Pinheiro, um trabalhador do comércio, que não quis se identificar, conta que era obrigado a conviver com traficantes armados na porta da loja, mesmo no período da manhã: "Com certeza as coisas estão melhorando. Quem era da comunidade vinha aqui na loja mesmo assim, mas gente de fora não vinha de jeito nenhum. Só de termos tudo isso aí, é um avanço", disse ele, apontando para a coleta de lixo e a troca da iluminação pública que tinha sido danificada por tiros.
Outro comerciante, que tomava conta do movimento em seu restaurante, perto dos limites entre a Nova Holanda e a Baixa do Sapateiro, demonstra apreensão: "A gente fica muito preocupado, porque parece que vai ter um confronto a qualquer hora", disse. Circulando em meio ao comércio aberto em uma das ruas mais movimentadas do Complexo da Maré, uma senhora, não quis se identificar nem dar entrevista, mesmo assim, disse que o clima era de tranquilidade: "Não gosto de ficar falando, mas as coisas estão melhores. Sinto mais segurança".