RJ: comandante da PM nega crise nas UPPs após ataques

3 fev 2014 - 20h26
(atualizado às 20h39)

O comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Luis Castro, negou nesta segunda-feira que a política de segurança baseada nas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) esteja atravessando uma crise por causa dos recorrentes ataques de criminosos contra bases policiais instaladas nas comunidades, inclusive com a morte de policiais, como ocorreu ontem, quando foi morta a tiros uma soldado PM no Complexo da Penha.

"Não é uma crise nas UPPs. São ações pontuais. Nós não vamos recuar. Aquele território ali agora é azul e branco, as cores da Polícia Militar. Nós entramos para ficar. Se tivermos problemas, vamos atuar. A nossa tarefa não é fácil, o nosso trabalho é árduo, mas vamos conseguir trazer a paz àquele local", disse o comandante, durante solenidade de posse do novo chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso.

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O coronel disse que não é preciso, no momento, auxílio federal para combater os criminosos. "Em nenhuma hipótese isso foi cogitado. Nós temos fôlego para isso, temos efetivo, temos armamento e viaturas. Não vai haver necessidade nenhuma de auxílio externo."

A ex-chefe da Polícia Civil, delegada Marta Rocha, também atribuiu o aumento dos ataques a casos pontuais. Nos últimos dias, a 45ª Delegacia de Polícia, instalada no Complexo do Alemão, foi alvo de dois ataques, com disparos de arma de fogo, granada e coquetéis-molotovs. "A mancha criminal se movimenta. Cada vez que você combate determinada modalidade, outra modalidade se ressalta. Se combate o tráfico, aumenta o crime de rua. É uma ação temporária, e em breve será superada", disse a delegada, que chefiou a polícia nos últimos três anos e deixa o posto para disputar as próximas eleições.

Policiamento é reforçado em UPPs

As polícias Civil e Militar reforçaram hoje o policiamento nas áreas onde atua uma facção criminosa suspeita de matar a soldado da UPP na Vila Cruzeiro. Batalhão de Operações Especiais e o Batalhão de Choque reforçam o policialmento nas comunidades com "focos de resistência ao processo de pacificação", como a Vila Cruzeiro. As medidas são necessárias, segundo o órgão, para enfrentar o tráfico de drogas, o uso de armas e a ação de criminosos. "Não vai haver recuo", informa a coordenadoria das UPPs.

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Agência Brasil
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