RJ: Maré amanhece calma, mas buscas a criminosos continua

Homens do Exército e da Marinha estão distribuindo panfletos à população para que ajudem nas buscas

7 abr 2014 - 10h29
(atualizado às 10h47)

A madrugada de segunda-feira não teve confrontos com as Forças Armadas ou entre bandidos no Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, segundo o major Alberto Horita, chefe da Comunicação Social da Força de Pacificação no local. Os militares recuperaram um carro roubado, mas não há notícias de conflitos armados, disse Horita. No entanto, Horita admitiu que ainda há criminosos no complexo.

Neste fim de semana, homens do Exército e da Marinha que participam da ocupação nas 15 comunidades da Maré, iniciada em 5 de abril a pedido do governo do Rio, distribuíram panfletos pedindo que a população colabore e denuncie criminosos para ajudar na prisão e apreensão de drogas e armas. "Os moradores ainda têm muito receio, porque acreditam que pode haver retaliação dos criminosos. Isso é natural. Eles vão ter que se acostumar, aos poucos, com a presença do Poder Público nas comunidades", disse Horita.

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Disque-denúncia

A Força de Pacificação ainda não disponibilizou o telefone especial de disque-denúncia que será criado para que moradores da Maré passem informações às forças de segurança. Por enquanto, a orientação é que eles usem o disque-denúncia que já existe no estado, pelo número 2253-1177. Também não há previsão de quando será montado o posto avançado da 21 Delegacia Policial no complexo de favelas. A Delegacia Judiciária de Policiamento Militar, que recebe denúncias de abusos que tenham sido cometidos pelas tropas, já está funcionando dentro do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio (CPOR), que fica em uma das margens da Maré, na Avenida Brasil, 5292, em Bonsucesso.

Neste fim de semana, as Forças Armadas tiveram que intervir para evitar um confronto entre facções rivais na favela Nova Holanda. Os  militares deram dois disparos para o alto e usaram spray de pimenta para impedir que integrantes de duas facções rivais, armados de paus e pedras, se agredissem diante das tropas. Ninguém ficou ferido. Segundo Horita, pouco antes desse tumulto, os militares encontraram um homem ferido em um valão perto da Vila Olímpica da favela Nova Holanda. De acordo com moradores, que alertaram os militares, esse homem teria sido agredido durante uma briga entre facções rivais.

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Fonte: Terra
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