RJ: motorista que matou filho de Cissa Guimarães é condenado

23 jan 2015 - 18h51
<p>Rafael Mascarenhas com a mãe, a atriz global Cissa Guimarães</p>
Rafael Mascarenhas com a mãe, a atriz global Cissa Guimarães
Foto: / Bandnews

Foi condenado, nesta sexta-feira, pela Justiça do Rio, Rafael de Souza Bussamra, o motorista que atropelou e matou o estudante Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, no dia 20 de julho de 2010, na entrada do Túnel Acústico da Gávea, zona sul do Rio. O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte o sentenciou a sete anos de reclusão (regime fechado) e mais cinco anos e nove meses de detenção (regime semiaberto).

O pai de Rafael, Roberto Martins Bussamra, foi condenado a oito anos e dois meses de reclusão (regime fechado) e mais nove meses de detenção (regime semiaberto).

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Rafael Bussamra foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, homicídio culposo, inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico, afastamento do local do acidente para fugir à responsabilidade penal e participação em competição automobilística não autorizada. Ele também teve a carteira de habilitação suspensa por quatro anos e meio. Já Roberto Bussamra foi sentenciado pelos crimes de corrupção ativa e inovação artificiosa em caso de acidente automobilístico.

Na sentença, o juiz Guilherme Schilling, da 16ª Vara Criminal da Capital, destacou a atitude do pai em corromper os policiais militares numa tentativa de acobertar o filho. “O caso vertente retrata não apenas policiais que acobertam e omitem o crime (sendo, por isso, também criminosos), mas também os falsos pais que superprotegem os filhos criando pessoas socialmente desajustadas. Impõe-se uma reflexão sobre o tipo de sociedade que pretendemos para as futuras gerações ou, mais ainda, que tipo de cidadãos somos. Afinal, é essa uma das dificuldades atuais da humanidade no plano da ética. De nada vale o Estado reconhecer a dignidade da pessoa se a conduta de cada indivíduo não se pautar por ela”, escreveu o magistrado.

Outro trecho da sentença critica o comportamento dos condenados. “Neste tocante, aliás, o que se observa é um comportamento reprovável e malicioso dos réus, que através de uma enxurrada de inverdades, buscaram não somente eximirem-se da responsabilidade penal, mas na realidade transferi-la com maior peso a outras pessoas. Percebe-se uma verdadeira degradação de valores morais em uma família de classe média, que talvez por mero individualismo, ou abraçando uma cultura brasileira de tolerar exceções, tende a apontar os erros dos outros, e colocando um verdadeiro véu sobre seus erros”.

Fonte: Terra
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