Uma grande operação do Ministério Público e da Polícia Civil tenta acabar com uma quadrilha liderada por policiais civis e militares que praticavam crimes e traficavam drogas na zona sul do Rio de Janeiro. O bando tinha ligações com o PCC em São Paulo, de quem compravam as drogas para revender na região, usando inclusive carros da própria polícia para distribuir os entorpecentes. Na operação batizada de "Adren", a polícia cumpre mandados de prisão no sul fluminense, em São Paulo (capital e interior) e no interior de Minas Gerais.
Os principais alvos da operação são os policiais civis Guilherme Dias Coelho, o Guilherminho, Pablo Bafa Feijolo, Clodoaldo Antônio Pereira, Ricardo Wilke e o policial militar Hugo Leonardo Guerra, além do PM reformado Gilson Macarrão.
O grupo comprava drogas em São Paulo e revendia a traficantes no Rio. Eles guardavam a droga em depósitos clandestinos e ela era repassada a outros membros da quadrilha ou outros traficantes para revenda. Por vezes, de acordo com a investigação do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), era interceptada de operações policiais e repassada a comparsas para venda.
Contra traficantes rivais, o bando ainda praticava extorsão e extorsão mediante sequestro. Eles investigavam os rivais com informações da própria quadrilha e, quando os encontravam, pediam propina para liberá-los. As propinas podiam ser em dinheiro, carros, jóias ou outros bens.
No total, o Gaeco e a Polícia Civil cumprem 40 mandados de prisão e 64 de busca e apreensão. Durante as investigações, que começaram em 2014, foram apreendidos 65 quilos de drogas, além de material para refino localizados em São Paulo. Os presos vão ser acusados de tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro.