O comando da PM determinou a abertura de um inquérito para investigar o esquema de corrupção que levou 24 policiais militares à prisão preventiva na Operação Amigos SA, no último dia 15. Eles são investigados por cobrança de propina a comerciantes, empresários e ambulantes em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo a PM, a corporação vai convocar os comandantes e representantes do Estado-Maior para prestarem esclarecimentos.
O comandante-geral José Luís Castro Menezes informou que, caso seja instaurada a sindicância patrimonial, está totalmente à disposição para apresentar todos os documentos necessários para esclarecimento de qualquer dúvida. De acordo com a PM, as investigações terão o total apoio do atual comando, inclusive se o encarregado do IPM considerar necessário que seja feita a convocação de militares da ativa ou da reserva eventualmente mencionados nas denúncias.
Entre os policiais presos está o coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, que era o chefe do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar também responsável pelos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque e de Ações com Cães. Fontenelle era considerado um dos mais importantes oficiais na hierarquia da PM. Ele foi substituído no dia seguinte à prisão.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro informou que vai pedir à Corregedoria da Polícia Militar para fazer uma avaliação patrimonial dos bens do coronel Fontenelle. O MP também vai pedir à Corregedoria-Geral Unificada da Secretária Estadual de Segurança Pública uma investigação pelo aumento de patrimônio do comandante-geral da PM do Rio, coronel José Luís Castro Menezes. Segundo o Ministério Público, o pedido vale para todos os presos na operação Amigos S.A.
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