RJ: polícia nega a juiz acesso a inquérito sobre ativistas

22 jul 2014 - 09h50
Manifestantes protestaram pelo fim da perseguição política em frente ao Consultado do Uruguai, no Rio de Janeiro, onde três ativistas pediram abrigo
Manifestantes protestaram pelo fim da perseguição política em frente ao Consultado do Uruguai, no Rio de Janeiro, onde três ativistas pediram abrigo
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

O desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, teve novamente acesso negado aos documentos do inquérito policial sobre 23 manifestantes acusados de associação criminosa armada. Segundo afirmou ao jornal O Dia, Darlan enviou ontem novo ofício ao delegado responsável pela investigação e não obteve resposta.

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O primeiro pedido havia sido feito na terça-feira, dia em que o desembargador condedeu habeas corpus (liberdade provisória) a 10 dos 23 manifestantes, argumentando falta de provas para mantê-los detidos. Cinco estão presos e 18 seguem foragidos. Três buscaram refúgio nessa segunda junto ao Consulado do Uruguai no Rio de Janeiro, mas tiveram pedido de asilo engado.

De acordo com as investigações da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), parte dos acusados teria planejado protestos violentos no dia da final da Copa do Mundo, 13 de julho. Eles foram presos na véspera do evento.

As prisões vêm sendo criticadas por acusações da Justiça prévias a um protesto, considerado fundamento do exercício democrático, mas principalmente pela dificuldade de acesso ao material da investigação policial que teria fundamentado a ação contra os ativistas.

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Fonte: Terra
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