A Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou, na manhã desta quarta-feira, a prisão de 13 pessoas suspeitas de envolvimento no ataque à 45ª Delegacia de Polícia (Complexo do Alemão), e à base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, em janeiro deste ano. O ataque à UPP culminou na morte da policial militar Alda Rafael Castilho.
De acordo com a Polícia Civil, do total de presos, duas pessoas são suspeitas de envolvimento na morte da PM. A operação foi comandada pela Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), com apoio de policiais das Delegacias de Roubos e Furtos (DRF), Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), Combate à Drogas (DCOD), com base em inquéritos policiais instaurados pela 45ª DP e 22ª DP (Penha).
Ataques em sequência
No último dia 2, um confronto entre policiais militares e traficantes na comunidade pacificada Vila Cruzeiro, zona norte do Rio de Janeiro, terminou com a morte de Alda e mais três pessoas feridas. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, os policiais estavam fazendo o patrulhamento na estrada José Rucas, quando homens armados desceram de um carro atirando contra os policiais. A PM foi atingida na cabeça e morreu no hospital estadual Getúlio Vargas.
No final de janeiro, coquetéis molotov foram lançados contra o pátio da 45ª Delegacia de Polícia (Complexo do Alemão). Dois veículos particulares foram atingidos na ação e pegaram fogo. Os bombeiros foram acionados para controlar o incêndio. Os carros destruídos pertenciam a um policial civil de serviço na delegacia e a um policial militar que trabalha na UPP do Alemão.
Também em janeiro, criminosos atacaram as bases das UPPs das comunidades Nova Brasília, Fazendinha e Alemão, além de jogarem uma granada contra a frente do prédio da delegacia do Complexo do Alemão, inaugurada no prédio do Teleférico do Alemão, no dia 27 de dezembro passado.
As polícias Civil e Militar reforçaram o policiamento nas áreas onde atua a facção criminosa suspeita de matar a soldado da UPP. O Batalhão de Operações Especiais e o Batalhão de Choque reforçam o policiamento nas comunidades com "focos de resistência ao processo de pacificação", como a Vila Cruzeiro. As medidas são necessárias, segundo o órgão, para enfrentar o tráfico de drogas, o uso de armas e a ação de criminosos.