RS: menino foi dopado antes de ser morto com injeção letal

16 abr 2014 - 10h01
(atualizado em 17/4/2014 às 11h34)
Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, é velado na capela 3 do Hospital de Caridade de Santa Maria (RS)
Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, é velado na capela 3 do Hospital de Caridade de Santa Maria (RS)
Foto: Jader Benvegnú / Futura Press

O menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi dopado com barbitúricos antes de ser assassinado com uma injeção letal. A informação foi dada em depoimento pela assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta Graciele Ugolini, ambas presas por ordem da Justiça, junto com o pai da criança, o médico Leandro Boldrini. Os três são apontados como principais suspeitos pelo crime. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.

O corpo de Bernardo foi encontrado na última segunda-feira em uma cova de um metro de profundidade em Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, onde o menino vivia com o pai e a madrasta. Ele estava desaparecido desde o dia 4 de abril. De acordo com a investigação, o assassinato foi premeditado em família: Graciele teria planejado e executado a morte com ajuda da assistente social.

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No dia 4, dia em que Bernardo morreu, segundo o atestado de óbito, Edelvânia e Graciele viajaram de carro de Três Passos a Frederico, com a desculpa de comprar uma TV para o garoto. Ao chegar à casa da assistente social, misturaram pílulas dopantes no suco do menino, que adormeceu. Em seguida, Edelvânia informou que ele teria sido assassinado com a injeção, preparada pela enfermeira. Foi a assistente social quem indicou o lugar onde enterraram o menino. Ela não revelou sobre como conseguiram força suficiente para abrir a cova e sobre o que as levou a cometer o crime.

O pai do menino é suspeito de ocultar informações sobre o crime e pistas que comprometeriam sua mulher, Graciele. O casal e a amiga estão com prisão temporária decretada pela Justiça por um prazo de 30 dias. A polícia investiga a motivação para o crime e suspeita que possa ser ciúme doentio por parte da madrasta em relação a Bernardo, filho do primeiro casamento do médico. Outra hipótese investigada é financeira: a ex-mulher de Boldrini, a também enfermeira Odilaine Uglione Boldrini – que teria se matado em 2010, após o fim do relacionamento com o marido –, seria beneficiária de um acordo para receber R$ 1,5 milhão pelo fim do casamento, além de pensão mensal de R$ 10 mil. Segundo o advogado da família Uglione, Marlon Taborda, o menino seria beneficiário desse acordo quando chegasse à idade adulta. 

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Fonte: Terra
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