Uma moradora de Três Passos afirma que a madrasta do menino Bernardo, Graciele Boldrini, impedia que a criança entrasse em casa quando ele voltava do colégio. O menino seria obrigado a ficar na rua até que o pai, o médico Leandro Boldrini, chegasse a abrisse a porta para ele. Bernardo foi morto, segundo o atestado de óbito, em 4 de abril. O casal e uma amiga da madrasta foram presos na segunda-feira suspeitos pelo crime.
“Toda a população aqui sabia de como era o caso. As pessoas viam ele pela rua, ou esperando sentado na calçada o pai chegar”, diz a promotora de eventos Luana Gabriela Alves da Silva, que é de Três Passos. Luana afirma que a madrasta não deixava a criança entrar em casa e, nos dias que o pai demorava muito tempo no hospital onde trabalhava, ele passava horas na rua. Muitas vezes, ela conta, vizinhos cuidavam do menino.
“Acolhiam ele por saber da situação”, diz Luana, que conta que, como a cidade é pequena – Três Passos tem 23 mil habitantes –, todos sabiam da situação da criança.
Leandro e Graciele têm ainda uma menina de 1 ano. “O Bê não podia chegar perto da criança”, diz Luana.
Luana conta que encontrava Bernardo aos finais de semana, na casa de um primo dela, onde ele ia brincar, e em outras ocasiões, como aniversários. “Era uma criança doce, muito carente de afeto. Costumava dar muitos abraços nas pessoas.”
Luana foi promoter da festa “The Night”, que ocorreu no dia 5 de abril em Três de Maio – a cerca de 80 quilômetros de Três Passos. O casal foi visto no camarote mais caro da festa por Luana e outras pessoas. Segundo o atestado de óbito, Bernardo foi morto um dia antes da festa.
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Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril, foi encontrado na noite de segunda-feira em Frederico Westphalen (RS)
Foto: Facebook
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Na mesma noite em que corpo foi encontrado, o pai e a madrasta do menino foram presos por suspeita de envolvimento na morte
Foto: Facebook
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Assistente social Edelvânia Wirganovicz está presa e confessou ter participado do assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos
Foto: Facebook
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Bernardo morava com o pai, a madrasta e a meia-irmã de 1 ano em Três Passos (RS)
Foto: Facebook
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A avó materna, que acusa pai e madrasta, com o menino Bernardo
Foto: Facebook
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Certidão de óbito de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, diz que ele morreu no dia em que desapareceu, 4 de abril
Foto: Jader Benvegnú
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Depois do velório em Três Passos (RS), cidade onde Bernardo morava com o pai e a madrasta, o corpo do menino seguiu para Santa Maria (RS), onde familiares e amigos se despedem na capela 3 do Hospital de Caridade
Foto: Jader Benvegnú
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Brinquedos, fotografias, cartazes e flores foram colocados no entorno do caixão de Bernardo
Foto: Jader Benvegnú
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Amigos fizeram uma faixa em homenagem ao menino: "nosso anjo"
Foto: Jader Benvegnú
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Velório de Bernardo foi marcado por muita emoção em Santa Maria (RS)
Foto: Jader Benvegnú
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Avó materna Jussara Uglione (C), 73 anos, chega para o velório de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, na capela 3 do Hospital de Caridade de Santa Maria (RS)
Foto: Jader Benvegnú
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Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, foi enterrado na manhã desta quarta-feira no Cemitério Municipal de Santa Maria (RS) junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Foto: Jader Benvegnú
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Avó materna de Bernardo, Jussara Marlene Uglione, 73 anos, acompanhou o enterro do neto
Foto: Jader Benvegnú
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Dezenas de pessoas acompanharam o enterro do menino Bernardo Uglione Boldrini
Foto: Jader Benvegnú
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Bernardo foi enterrado junto ao túmulo da mãe, morta em 2010
Foto: Jader Benvegnú
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Amigos e familiares acompanharam o enterro do menino Bernardo Uglione Boldrini na manhã desta quarta-feira
Foto: Jader Benvegnú
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Avó materna Jussara Uglione (C), 73 anos, deixa o Cemitério Municipal de Santa Maria (RS) após o enterro do neto Bernardo
Foto: Jader Benvegnú
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Comunidade de Três Passos (RS) fez nesta terça-feira uma nova passeata pedindo Justiça no caso da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini
Foto: Felipe Franke
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Alzira Pretto (direita) era vizinha de Bernardo e defendeu a permanência dos suspeitos na cadeia: "se a Justiça soltar, a gente vai fazer justiça com as próprias mãos", ameaçou
Foto: Felipe Franke
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Passeata reuniu pais, vizinhos, conhecidos e colegas do menino Bernardo
Foto: Felipe Franke
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Caminhada começou na praça Remeu Geraldino Mertz, passou pelo Fórum e terminou em frente à casa onde o menino morava
Foto: Felipe Franke
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Uma das testemunhas disse que é muito difícil cavar onde o corpo foi encontrado
Foto: Felipe Franke
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É uma terra dura, com muitas raízes de árvore. É muito difícil de cavar, disse um policial militar aposentado que denunciou à Polícia Civil a presença do carro do irmão da assistente social Edelvânia Wirganovicz próximo ao local
Foto: Felipe Franke
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Dois dias depois do crime, o militar encontrou Edelvânia no local. Questionada, sobre o que fazia ali, ela disse que parou para molhar os pés em um rio próximo junto com uma sobrinha que estava com ela
Foto: Felipe Franke
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Menino Bernardo foi enterrado em uma cova no interior de Frederico Westphalen
Foto: Felipe Franke
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Local recebeu flores e uma cruz foi colocada
Foto: Felipe Franke
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Cova onde o corpo do menino Bernardo foi enterrado tem cerca de um metro de profundidade
Foto: Felipe Franke
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Militar disse que duvida que uma mulher, mesmo com equipamento adequado, tivesse força muscular suficiente para cavar um buraco no local
Foto: Felipe Franke
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Homenagens foram colocadas no local onde corpo de Bernardo foi enterrado
Foto: Felipe Franke
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Em coletiva, delegada explica indiciamento do pai e da madrasta de Bernardo
Foto: Felipe Franke
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Inquérito da Polícia Civil indiciou pai, madrasta e amiga pela morte de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos,
Foto: Polícia Civil
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Através da grade e dos cartazes, amigas olham a casa onde Bernardo vivia
Foto: Felipe Schroeder Franke
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Passeata pediu justiça à véspera de um mês da descoberta do corpo do menino, encontrado no dia 14 de abril
Foto: Felipe Schroeder Franke
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Imagem da Polícia Civil durante apresentação das conclusões e deliberações do inquérito