O prédio onde funcionava a boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, será desapropriado. A decisão foi tomada após impasses envolvendo o local, que foi palco do incêndio que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos ainda em 2013. O espaço segue fechado desde a data do fato, em 27 de janeiro daquele ano.
A Eccon Empreendimentos e a prefeitura confirmarão amanhã os detalhes finais do processo, incluindo itens como forma de pagamento e valor total. Inicialmente, a Eccon avaliou o prédio em cerca de R$ 4,5 milhões, mas decidiu aderir ao projeto de desapropriação. Após a conclusão do trâmite, um novo diálogo deve definir o futuro do espaço.
As associações de familiares de vítimas convergem em transformar o terreno em um espaço de homenagem e reflexão. A proprietária chegou a cogitar a construção de um hotel no endereço, mas acabou desistindo do plano. Um edital deve ser lançado em breve pela prefeitura para escolher através de um concurso o projeto que será executado.
Antes de qualquer obra, no entanto, os pais das vítimas e sobreviventes devem ser consultados. Quase quatro anos e meio depois, nenhum dos réus no caso do incêndio da boate Kiss ainda foi a julgamento.