RS: sem espaço até em delegacias, presos esperam em viaturas

Situação levou governo estadual a anunciar criação de dois centros de triagem

26 out 2016 - 18h18
Foto: Rodrigo Souza / Futura Press

Após sofrer com a superlotação dos presídios e a consequente ocupação desordenada de celas em delegacias, o governo gaúcho se depara com mais um agravante na já crítica situação da segurança pública. Desde a semana passada são registradas manutenções de presos em viaturas da Brigada Militar, já que nem mesmo as unidades de pronto-atendimento da Polícia Civil tem vagas para comportar mais presos. Em um dos casos, os detidos ficaram cerca de 48 horas dentro de uma viatura.

Hoje, o fato se repetiu. Os policiais militares, que deveriam estar atuando no policiamento ostensivo, acabam ficando responsáveis pelos detidos, inclusive dividindo comida e água com os criminosos. Até o fechamento desta reportagem, seis homens eram custodiados pela Brigada Militar em carros de polícia nesta tarde, dois deles há mais de 24 horas.

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Além dos apenados em camburões, outros 27 presos aguardavam vaga no sistema penitenciário em celas de delegacias. A própria polícia civil já confirmou que precisa reduzir o número de presos nesses locais pelas ameaças que são impostas pelos próprios criminosos. Conforme as informações, a superlotação seria o principal motivo para que novos detentos sofressem até mesmo ameaça de morte.

Com a situação cada vez mais complicada, o secretário de segurança pública, Cezar Schirmer, anunciou nesta manhã a criação de dois centros de triagem de presos no Rio Grande do Sul. Um deles ficará em Porto Alegre e outro em Charqueadas, com capacidade total de 750 vagas. Prazo, no entanto, ainda não há, uma vez que o processo está em fase de reuniões.

Foto: Rodrigo Souza / Futura Press
Fonte: Especial para Terra
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