Erickson David da Silva, de 28 anos, também conhecido como Deivinho, foi identificado pelas autoridades como o autor do tiro que matou o policial Patrick Bastos Reis, integrante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), na última quinta-feira, 27, em Guarujá, no litoral paulista. Após as buscas, Deivinho foi preso neste domingo, 30, em São Paulo.
A confirmação da prisão veio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que anunciou a captura do suspeito na Zona Sul da capital. Além disso, outras três pessoas supostamente envolvidas no crime também foram detidas. O governador afirmou que a justiça será feita e que nenhum ataque contra os policiais ficará impune.
Segundo informações da polícia ao jornal O Globo, Erickson David era o "sniper" contratado pelo tráfico de drogas para executar o ataque. O disparo que vitimou o policial foi feito a uma distância maior que 50 metros, utilizando uma arma de calibre 9 mm, segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O projétil atingiu o ombro do oficial, causando sua morte.
Atenção. O autor do disparo que matou o soldado Reis, no Guarujá, acaba de ser capturado na Zona Sul de São Paulo. Três envolvidos já estão presos, após trabalho de inteligência encabeçado pela @PMESP . A justiça será feita. Nenhum ataque aos nossos policiais ficará impune.
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) July 30, 2023
"Importante dizer que foi um projétil disparado por 50 e até 70 metros de distância. Disparado por um projétil calibre 9 mm. Provavelmente o mesmo disparo que acertou um policial. Entrou no ombro do soldado Reis e o levou a óbito", disse o secretário Guilherme Derrite.
Os investigadores identificaram o ponto de onde o disparo ocorreu com base na nota fiscal de uma lanchonete encontrada com um dos suspeitos. Durante as investigações, uma mulher que desempenhava uma função logística para os criminosos, como a compra de alimentos e bebidas, foi presa.
Além do assassinato de Patrick, uma operação policial, chamada Escudo, teria resultado em ao menos dez mortes em Guarujá. O ouvidor Claudio Aparecido da Silva confirmou ao jornal O Globo a ocorrência desses óbitos, relatando ainda denúncias de tortura e execução por parte dos policiais.
No entanto, o governador Tarcísio de Freitas disse nesta segunda-feira, 31, que oito pessoas morreram na operação.
"A gente tem uma polícia extremamente profissional que sabe usar a força na medida que ela tem de ser usada. Não houve hostilidade, excesso, houve atuação profissional que resultou em prisões e vamos continuar com as operações", disse Tarcísio.
Na coletiva de imprensa, o governador disse ainda que irá ampliar o efetivo policial na Baixada Santista, e garantiu que a operação Escudo será continuada.
"Nós temos uma polícia treinada e que segue a risca a regra de engajamento. A partir do momento que a polícia é hostilizada, do momento que há o confronto, do momento que a autoridade policial não é respeitada, infelizmente há o confronto", acrescentou.
Nas redes sociais, um vídeo de Deivinho pedindo que o governador Tarcísio Gomes de Freitas e o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, "parem com a matança" circulou nos últimos dias. Nas imagens, o suspeito de atirar contra o policial diz que iria se entregar à polícia porque sua família estaria sendo ameaçada.