A Polícia de Santa Catarina apura os motivos dos atentados a 24 ônibus ocorridos nesta sexta-feira na região metropolitana de Florianópolis. Os ônibus foram apedrejados no início da manhã em vários pontos da região. Seis empresas relataram danos. Apenas a Biguaçu, que faz a linha entre os bairros do continente e a Ilha de Santa Catarina, teve dez veículos danificados. Os ataques ocorrem nos bairros Cacupé, João Paulo, Campeche, Capoeiras, Monte Cristo e Jardim Atlântico, em Florianópolis e no bairro Roçado, em São José.
Os primeiros ataques ocorrem logo depois que os carros deixaram as garagens. Na maioria dos casos, as pedras e bolas de gude atingiram os vidros laterais dos coletivos.
Não há registro de feridos nos ataques. A Polícia Militar reforçou a fiscalização e passou a realizar barreiras em vários pontos da cidade. Oficialmente, a PM não informou se há relação com os ataques ocorridos em julho de 2013, quando em apenas uma noite 21 ônibus foram atingidos na SC 401, rodovia que liga o centro às praias da região norte da capital.
O secretário de Segurança Pública de Florianópolis, Rafael de Bona, destacou que imagens de câmeras de monitoramento poderão auxiliar a polícia a identificar os autores. “Estamos trabalhando em conjunto para identificar de onde partiu a ordem para esses ataques”, disse. "A ação é claramente organizada e articulada, já que atuou de maneira quase simultânea em diversas regiões de Florianópolis e cidades vizinhas".
O sindicato das empresas de transportes (SETUF), através do presidente Waldir Gomes, destacou que a ação teria sido “orquestrada”. Os ataques ocorreram em pontos diversos entre as 4h45 e 6h20.