Sedativo usado na clínica do pai é achado em corpo de menino

16 abr 2014 - 11h00
(atualizado às 14h10)
<p>Corpo de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril, foi encontrado na segunda-feira em Frederico Westphalen (RS)</p>
Corpo de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril, foi encontrado na segunda-feira em Frederico Westphalen (RS)
Foto: Facebook / Reprodução

Exames apontam que foi identificado no corpo de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, um anestésico usado na clínica do pai, o médico Leandro Boldrini. A informação reforça a tese da Polícia Civil que o cirurgião sabia do crime. O garoto teria sido assassinado com uma injeção letal depois de ser dopado. As informações são da Rádio Gaúcha.

A equipe da investigação do caso está reunida na Delegacia Regional de Três Passos, no noroeste do Estado, na manhã desta quarta-feira. O corpo do garoto foi encontrado 10 dias depois do desaparecimento, em Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de Três Passos, cidade onde vivia com o pai e a madrasta, presos por suspeita de envolvimento no assassinato da criança. Além dos dois, uma amiga da madrasta também foi detida. 

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No início da manhã, Andrigo Rebelato, primo de Leandro, chegou à delegacia de Três Passos. Ele deve assumir a defesa do médico no caso. 

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O atestado de óbito de Bernardo diz que o menino morreu em 4 de abril, dia em que desapareceu. A certidão foi registrada na terça-feira pelo advogado  Marlon Balbon Taborda, que representa a avó materna do menino, Jussara Marlene Uglione, 73 anos.

A idosa relatou que era impedida de conviver com o garoto desde que a sua filha, mãe de Bernardo, cometeu suicídio em 2010. Jussara quer agora que o caso seja reaberto, pois não descarta que a Odilaine tenha sido assassinada. A avó acusou também o ex-genro e a madrasta de maus-tratos. 

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Em novembro de 2013, Bernardo relatou ao Ministério Público do Estado (MP-RS) que não recebia atenção do pai, não gostava da madrasta e que não queria mais viver com a família. A promotora Dinamárcia Maciel, de Três Passos, ressaltou que Bernardo disse que não era agredido pelo casal, mas “narrou situações de descaso”. 

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Como o apenado tem direito à progressão de pena? Tire essa e outras dúvidas a seguir.

Fonte: Terra
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