Sem vagas, presos são algemados a lixeiras em Porto Alegre

Após mais um episódio de superlotação em presídios e delegacias, Secretário de Segurança deve anunciar medidas de urgência nesta tarde

9 nov 2016 - 12h24
Presos amanhecem algemados a lixeiras em frente ao Palácio da Polícia de Porto Alegre
Presos amanhecem algemados a lixeiras em frente ao Palácio da Polícia de Porto Alegre
Foto: Divulgação

Depois de enfrentar superlotação em carceragens de delegacias e a consequente custódia de detentos em viaturas policiais, a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul amanheceu com a notícia de que dois presos foram algemados a lixeiras em frente ao Palácio da Polícia de Porto Alegre.

Os homens, foragidos do sistema prisional, permaneceram parte da madruga e o começo da manhã deitados na calçada junto à estrutura de metal. Conforme os policiais que realizaram a prisão, não havia vagas nas celas da delegacia, e pelo menos outras quatro viaturas também aguardavam no mesmo local com suspeitos sob sua tutela.

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Os dois homens apenas foram retirados da calçada quando começou a chover. O secretário estadual de Segurança Pública, Cezar Schirmer, convocou coletiva de imprensa para esta tarde a fim de anunciar medidas de urgência para controlar a situação. O uso de contêineres para triagem de presos e até mesmo o uso de navios como confinamento não estão descartados.

No começo do mês, um homem detido pela Brigada Militar chegou a esperar quase três dias dentro de uma viatura, por falta de vagas. Nas carceragens da polícia civil, presos ameaçam matar eventuais novos colegas de cela. No domingo, uma delegacia na cidade de Canoas foi parcialmente incendiada em protesto pela superpopulação.

Fonte: Especial para Terra
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