Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Informática (DRCI), em continuidade às investigações iniciadas no ano passado, realizaram operação na manhã desta quarta-feira para cumprir 17 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.
Elisa Quadros, conhecida como Sininho, David Paixão, Tiago Barbosa e Eloisa Samy estariam entre os que foram levados à DRCI na Cidade da Polícia, no Jacaré, Subúrbio do Rio.Segundo a assessoria da Polícia Cilvil do Rio de Janeiro, 10 pessoas foram levadas à delegacia para serem ouvidas, mas não teriam sido presas. A ação acontece na véspera da abertura da Copa do Mundo da Fifa e contou também com apreensão de computadores e mídias em endereços na Barra da Tijuca, Centro, Copacabana, Catete, Bangu, Niterói e Botafogo.
Ainda de acordo com assessoria da Polícia Civil, as ordens judiciais foram cumpridas na casa de pessoas investigadas por participação direta ou indireta em prática de atos violentos durante protestos. A ação é um desdobramento do inquérito da DRCI que, em 4 de setembro do ano passado, prendeu e indiciou três homens por formação de quadrilha e incitação à violência. As investigações continuam em andamento e o inquérito está em segredo de Justiça. A operação contou com o apoio de 13 delegacias especializadas.
Sininho, de acordo com informações da mídia independente, teve computadores apreendidos em sua casa. Ela prestaria depoimento às 13h30 desta quarta contra o Major Pinto, que responde a processo por constrangimento ilegal junto ao tenente Bruno Ferreira, por tentarem forjar flagrante no dia 30 de setembro do ano passado contra manifestante menor de idade, que chegou a ser levado algemado à delegacia, durante um protesto de professores na Cinelândia.
Os dois acusados abordaram um manifestante e revistaram sua mochila. Um vídeo feito por uma equipe de reportagem e divulgado em seguida mostra o tenente Bruno Andrade, momentos antes, com um morteiro na mão. O major Pinto se aproxima e dá voz de prisão ao jovem, afirmando que o mesmo portava o artefato. Eles serão os primeiros policiais a responder por abusos cometidos durante os protestos e já foram ouvidos em audiência anterior. O processo corre na Justiça Militar do Tribunal de Justiça do Rio.