Soldado da Rota é morto a tiros no litoral de SP e três suspeitos são presos

Samuel Wesley Cosmo chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O local onde ele foi baleado é conhecido como ponto de tráfico de drogas

3 fev 2024 - 11h04
(atualizado às 11h11)
Resumo
Um soldado da Polícia Militar foi morto a tiros em Santos, no litoral de SP, e três suspeitos foram presos. Uma operação foi montada para localizar os criminosos responsáveis pelo homicídio.
O soldado Samuel Wesley Cosmo morreu durante patrulhamento em Santos
O soldado Samuel Wesley Cosmo morreu durante patrulhamento em Santos
Foto: Reprodução/Facebook

Um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), da Polícia Militar, foi morto a tiros em Santos, no litoral de São Paulo, na tarde de sexta-feira, 2. Equipes da PM já iniciaram uma operação e três suspeitos foram presos. 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o soldado é Samuel Wesley Cosmo, que estava em patrulhamento na Praça José Lamacchia, no bairro Bom Retiro, quando foi baleado. O local é conhecido como ponto de tráfico de drogas. A vítima foi atingida a tiros pelos criminosos, e chegou a ser socorrido e levado à Santa Casa da cidade, mas não resistiu. 

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Ainda conforme a pasta, foram apreendidos no local um celular, um carregador de pistola e um estojo de munição 9mm. O caso está em investigação pela Delegacia de Homicídios da cidade, que solicitou exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML). 

“Equipes da PM e da Polícia Civil fazem buscas pelos criminosos”, declarou a SSP. No entanto, ao Estadão, a PM informou que três pessoas foram presas.

O secretário estadual de Segurança, Guilherme Derrite publicou no X (antigo Twitter), na noite desta sexta, que está em Santos e que iniciaria uma operação para localizar os criminosos que mataram o soldado. “Daremos todo o apoio à família e não pouparemos esforços para que esse crime não fique impune”, escreveu. 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lamentou a morte de Cosmo também pelo X. “Com muito pesar, recebi há pouco a notícia da morte do Soldado PM Samuel Wesley Cosmo, vítima da ação de criminosos durante patrulhamento em Santos. Identificaremos e prenderemos os responsáveis por atacar nossa polícia. Minha solidariedade a todos os familiares e amigos de Samuel”. 

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Morte de policiais

No último dia 26, o soldado da PM Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos, foi baleado na Rodovia dos Imigrantes enquanto voltava de Praia Grande (SP), depois de atuar na Operação Verão, para São Paulo.

De acordo com o Estadão, motoristas acionaram a PM, que encontrou o soldado caído ao lado de sua moto, além de dez cápsulas de pistola 9 mm e calibre 12, e munições de pistola .40, usada pela Polícia Militar no asfalto.

A vítima não estava com a sua arma, mas segundo a investigação, a quantidade de cápsulas pode indicar que o soldado reagiu ao assalto e trocou tiros com os suspeitos, que teriam levado sua arma.

Ele integrava o 38.º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, de São Paulo. O caso foi tratado inicialmente como tentativa de roubo, mas o registro policial, na Delegacia de Polícia Civil de Cubatão, faz referência apenas a homicídio, visto que a moto e os pertences pessoais de Marcelo estavam no local. 

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Ainda em janeiro, outros dois PMs foram mortos em ações de criminosos. No dia 18, a soldado PM Sabrina Freire Romão Franklin, de 30 anos, foi assassinada após uma tentativa de assalto em Parelheiros, na zona sul da Capital. No mesmo dia, o policial militar da reserva, Paulo Marcelo da Silveira, de 69 anos, foi vítima de latrocínio no Jardim Eldorado, também na zona sul de São Paulo. 

Por isso, o governo de São Paulo passou a deflagrar uma série de Operações Escudos para localizar os suspeitos dos homicídios contra policiais, além de recuperar armamentos que foram ocasionalmente roubados das vítimas. 

A Operação Escudo ocorreu primeiramente entre julho e setembro de 2023, após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, também da Rota, atingido durante um patrulhamento na Vila Zilda, no Guarujá. A ação foi deflagrada para prender os responsáveis pela morte dele. Durante os meses que se passaram, 28 pessoas foram mortas pela Polícia Militar.

Na ocasião, dois policiais viraram réus após serem denunciados pelo Ministério Público. O órgão analisou as câmeras de segurança dos militares, depoimentos de testemunhas e agentes envolvidos, e cruzaram informações de laudos periciais feitos durante as investigações da Operação Escudo. Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira foram acusados pela morte de Rogério Andrade de Souza, ocorrida na manhã de 30 de julho.

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Fonte: Redação Terra
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