SP: dentistas terão reunião com governo para tratar ataques

Reunião foi antecipada depois que o dentista Alexandre Peçanha Gaddy foi queimado vivo em São José dos Campos nesta segunda-feira

28 mai 2013 - 21h26
(atualizado às 21h37)
Policiais foram até o local do crime na manhã desta terça-feira
Policiais foram até o local do crime na manhã desta terça-feira
Foto: Lucas Laz / Futura Press

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) antecipou para esta quarta-feira, às 11h, a audiência com os dentistas do Estado, que pedem mais segurança. O encontro estava agendado para o próximo dia 6, mas o secretario, Fernando Grella, atendeu ao pedido feito por representantes da categoria após mais um dentista ser queimado vivo por criminosos nesta terça-feira, em São José dos Campos. 

Alexandre Peçanha Gaddy, 41 anos, foi atacado por duas pessoas encapuzadas, por volta das 21h desta segunda-feira, na rua Periquitos, Vila Tatetuba, em São José dos Campos. O dentista sofreu queimaduras em 60% do corpo e foi internado em estado grave na Santa Casa da cidade. A primeira vítima, Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 47 anos, morreu no dia 25 de abril, depois de ser atacada e queimada por criminosos que invadiram seu consultório.

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Nesta terça-feira, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) publicou nota em que manifestou indignação com a morte de Alexandre, cobraram ações do governo em relação à violência e pediram a antecipação da reunião com o secretário de Segurança, Fernando Grella.

"Essa tragédia reforça a necessidade de um profundo debate sobre a questão da segurança no estado de São Paulo e no Brasil. É, aliás, um retrato da falta de segurança que ronda o dia a dia dos profissionais de odontologia e dos cidadãos de São Paulo", diz o comunicado. 

Por causa dos recentes casos de violência, o conselho criou o canal “Vamos nos Proteger”. Por meio dele, dentistas de todo o Estado podem comunicar, via e-mail, ocorrências em consultórios, clínicas, laboratórios de próteses e até lojas de produtos odontológicos. “Dada a situação de emergência, é fundamental que os cirurgiões-dentistas o acionem a qualquer eventual ameaça. O objetivo não é substituir ou eliminar o trabalho policial, mas sim de orientar e esclarecer a classe odontológica sobre como proceder em situações de risco."

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Agência Brasil
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