O delegado Antonio Carlos Araújo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, ainda investiga o caso do corpo encontrado esquartejado no bairro de Higienópolis, região nobre de São Paulo, na manhã do último domingo. Segundo Araújo, a polícia trabalha para identificar a vítima, já que o corpo estava sem cabeça, digitais e órgãos genitais. Apenas os membros e o tronco foram encontrados em sacos de lixo.
Para buscar o assassino, a Polícia Civil busca imagens de câmera de segurança da região. Equipamentos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) foram requisitados. Porém, não foram suficientes para identificar quem deixou os sacos de lixo no local.
"Toda câmera é fundamental para chegar ao esclarecimento. Ainda não dá para dizer identidade, mas o DNA já foi pedido. Se a gente chegar na vítima, com certeza a gente chega no autor. Vamos ter que confiar na perícia da polícia. É difícil, mas não impossível. Com certeza houve muita crueldade, pela maneira que agiu de tentar tirar a identidade", disse Araújo.
Segundo a polícia, as pernas com pelos levam a crer que a vítima seja um homem, mas não há certeza. Pelo fêmur, se supõe que o esquartejado tinha altura entre 1,80 metro e 1,90 metro. A idade é estimada entre 25 e 30 anos.
A polícia também especula que o crime não tenha sido cometido na rua. Com o corpo, foram encontrados cabelo, um vestido vermelho, usado para enrolar as partes, e estopa. A suspeita é que o pano tenha sido usado para limpar o sangue da vítima.
A Polícia Civil notificou empresas de coleta de lixo da região pedindo para que elas fiquem atentas a embalagens parecidas com as que foram usadas para a desova. Há chances de a cabeça ter sido descartada da mesma forma, mas em outro lugar.
"A vítima ainda não foi identificada. Vamos aguardar. Sem identificar vítima não podemos afirmar nada. O DNA pode ajudar, mas precisamos seguir a linha de investigação, mas não tem o que comparar. O leque está aberto e agora temos que estreitar as linhas de investigações e ver se aguardamos as informações sobre câmeras nos locais que foram pedidas. Hoje qualquer hipótese é viável”, disse Itagiba Franco, delegado do DHPP.