Os próximos protestos que acontecerem na cidade de São Paulo contarão com coletes de identificação para jornalistas distribuídos pela Polícia Militar. Os coletes já foram comprados e têm um número de identificação que o associará ao nome do profissional e do veículo previamente cadastrado.
A informação foi divulgada pelo comandante-geral da PM de São Paulo, coronel Benedito Meira, nesta quinta-feira –data em que foi velado e cremado, no Rio, o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, 49, morto depois de ser atingido por um rojão durante a cobertura de um protesto na capital fluminense.
Segundo Meira, os coletes, na cor azul e com faixas refletivas, serão semelhantes aos já usados por repórteres, cinegrafistas e fotógrafos em estádios de futebol, durante a cobertura de jogos, diante da identificação prévia do profissional com nome, documento de identificação e veículo. Ao fim do protesto, o colete terá que ser devolvido.
Indagado se o colete é uma forma de evitar que policiais atirem ou agridam jornalistas –como ocorrido, em diversas oportunidades, nas manifestações de 2013 --, o comandante admitiu que sim. Mas ressalvou: “O principal objetivo da medida é que muitas pessoas se intitulam jornalistas ou repórteres nessas manifestações e não são: são, na verdade, adeptos de grupos violentos e que dão informações a seus integrantes e até fornecem equipamentos a eles”, disse o coronel, sem entrar em detalhes.
O colete não é balístico. “Trata-se de um colete bem simples, bem fácil de colocar, sem nenhum tipo de problema”, afirmou Meira.
Protesto contra a Copa dia 22
O próximo protesto marcado via Facebook e que acontece em São Paulo será, a exemplo do realizado no dia 25 de janeiro, contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. O ato está marcado para o próximo dia 22 na Praça da República, região central da cidade. Até esta quinta, quase 11 mil pessoas haviam confirmado presença no evento na página do protesto.