A polícia do Estado de São Paulo contará com uma nova tecnologia inteligente de monitoramento de crimes. O sistema, idealizado em parceria com a Microsoft, é o mesmo utilizado pela polícia de Nova York em ações contra o terrorismo e custou R$ 9,7 milhões ao governo do Estado. A previsão é que a ferramenta comece a funcionar em quatro meses.
O novo sistema faz parte de mais uma etapa do projeto Detecta e, segundo o governador Geraldo Alckmin ajudará no patrulhamento, investigação, planejamento de combate a crimes e identificação dos patrões de delitos em cada localidade.
“É um grande avanço para segurança pública de São Paulo. É um sistema de monitoramento inteligente. Assinamos hoje e é a primeira vez que sai dos estados Unidos. Vamos implantá-lo em São Paulo e com isso integramos todas as câmeras de vídeo do Estado, da prefeitura de São Paulo, sociedade civil, banco de dados com um software extremamente inteligente. É uma ferramenta importantíssima para segurança publica e combate ao crime”, afirmou Alckmin, nesta quarta-feira, no Palácio dos Bandeirantes.
Com a ferramenta, serão emitidos alarmes automáticos para ajudar no trabalho policial. Assim, os policiais receberão informações de inteligência sem que seja necessário operar o sistema a todo momento. A Secretaria de Segurança deu um exemplo relacionado a uma fuga de um suspeito em um carro vermelho em que foi possível ver apenas parte da placa. Com isso, o sistema pode ser configurado para localizar todos os veículos com aquele número parcial, da mesma cor, e apresentar essas localizações em um mapa.
“É uma ferramenta indispensável para avançarmos nesse quesito. Nós vamos ter a gestão de informações em quantidade, qualidade e tempo. Temos os bancos de dados, câmeras de vídeo, mas não estão integrados. Esse sistema permite em termos de inteligência e investigação uma leitura rápida, em tempo real, para relacionar pessoas, veículos, dando, portanto, sustentação ao trabalho policial. É uma virada de página. Estamos inovando com o melhor em tecnologia em uma experiência exitosa de Nova York, que tem as mesas características de São Paulo”, afirmou o secretário de segurança pública Fernando Grella.
Polícia Civil ganha laboratório para reconstrução facial
Na última terça-feira, a Polícia Civil de São Paulo inaugurou oficialmente um novo laboratório localizado no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Os equipamentos permitem, por meio de computação gráfica, que a polícia refaça rostos de vítimas de assassinato que não tiveram condições de ter suas faces reconhecidas.
O trabalho da arte forense reconstrói ossos da face através de estudos e exames específicos. Os novos equipamentos foram usados no caso do homem que teve seu corpo esquartejado e jogado pelas ruas do bairro de Higienópolis dentro de malas. A cabeça da vítima foi encontrada já em estado de decomposição, mas os peritos fizeram uma espécie de “limpeza” na face e reconstruíram o rosto da vítima, que deve ser o motorista de ônibus Álvaro Pedroso.